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DDica
Técnica |
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Já abordamos
aquí o swivel de 1º estágio, que além de permitir ao
mergulhador um bom roteamento das mangueiras, o que as protegerá de cortes
em partes mais afiadas dos destroços,
diminui o volume do equipamento, diminuindo o arraste e enrosco. No entanto, em vários mergulhos, principalmente quando nos apertamos em passagens estreitas, com bordas irregulares e cortantes, não existe roteamento que proteja a mangueira do 2ª estágio por onde respiramos, é aí que entra o swivel de 2º estágio.. |
Analizaremos
o uso do swivel de 2º estágio, chamado swivel de 360º. |
Existem no mercado três
ou quatro modelos de swivel que entram junto ao 2º estágio.
Eles podem simplesmente mudar o ângulo do regulador em relação
a mangueira (figura 1a), ou permitir a variação livre de posição
do 2º estágio (figura 1b). |
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A primeira função
do swivel é sem dúvida aliviar o desconforto causado por
algumas configurações, que acabam por repuxar o 2º estágio
forçando-o para fora da boca, o que acaba provocando: fadiga no maxilar,
incomodas nevralgias e desgaste do bocal do regulador, que acaba por rasgar-se
rapidamente. |
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Figura
2 | Figura
3 |
A mangueira do 2º estágio, usada normalmente por cima do ombro, fica exposta a cortes. Com o Swivel de 360º no 2º estágio, ela pode ser passada por baixo do braço em passagens mais estreitas ou quando estiver sujeita a cortes em arestas afiadas. | |
Comfira também a utilização do SWIVEL de 1º estágio, apresentado em uma dica anterior. | |
![]() | Cartas Náuticas |
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As Cartas Náuticas
são produzidas pelo Departamento
de Hidrografia e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil. Elas
abrangem todos os corpos de águas navegáveis, dos rios até
o limite das águas trerritoriais. São produzidas em diversas escalas,
de acordo com as necessidades de navegação do local. Nos postos
de venda autorizados, são feitas atualizações para restrições
a navegação, acidentes, balizamento e outros detalhes. |
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Símbolos
de Naufrágios nas
Cartas Náuticas
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No atual sistema de sinalização naval, existem quatro formas básicas de representação de cascos soçobrados, que devem ser conhecidos pelos mergulhadores para não só reconhecer os destroços, mas para determinar que tipo de condições serão encontradas. |
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Ilustração:
Maurício Carvalho |
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Símbolos
e características de naufrágios |
Navios com o casco
visível. Nesta condição estão destroços que podiam ser vistos na superfície, em condições de maré baixa, quando a carta náutica foi produzida. Isso não significa que o naufrágio ainda esteja nessa situação quando você tentar localiza-lo. | |
Diversos
naufrágios, com o processo de decomposição acelerada desaparecem
rapidamente da superfície. São geralmente naufrágios muito deteriorados pela ação mecânica das ondas, alta taxa de oxigênio, que aumenta a oxidação, variação de temperatura e ação humana retirando partes dos destroços. Normalmente não existem muitas partes para serem vistas; em áreas de areia estão parcialmente ou totalmente cobertos e em áreas de rochas estão muito partidos. |
Destroços
com profundidade maior que 18 metros. Por não representarem perigo a navegação estão livres da ácão de desmanche. Quando esse símbolo aparece sobre áreas de costão, ou junto a praia a profundidade é sensivelmente baixa, impedindo a navegação no local. Os destroços estão mais conservados devido a menor ação mecânica das ondas, menor taxa de | |
![]() Naufrágio do Sacramento - Salvador, BA. |
oxigênio,
que diminui a oxidação e a um menor número de mergulhadores
terem acesso a ele. A direção da representação na carta não corresponde a disposição dos destroços. Neste grupo de navios encontramos os destroços mais inteiros e interessantes para mergulhar; porém localiza-los é sensivelmente mais complexo do que no caso anterior, necessitando de técnicas de busca específicas. |
Destroços
com profundidade menor que 18 metros.
Esses destroços quando não estão localizados junto a um costão ou praia, o que os deixará entre blocos de rocha ou parcialmente enterrados, poderá ter sofrido serviços de | |
desmanche para evitar abalroamento por outras embarcações. Em alguns casos uma bóia de perigo isolado (faixas vermelhas e pretas) pode marcar o local. Vários desses navios, estão em condições muito precárias, mais até do que deveriamos esperar pela ação mecânica das ondas e ação química da água com alto teor de oxigênio. A explicação muitas vezes reside no fato de terem sido alvo de operações de desmanche, com maçarico ou até explosivos. |
Navio
soçobrado com profundidade conhecida.
A experiência mostra que os naufrágio que realmente são obstruções a navegação, estão marcados nas cartas náuticas com esta configuração; além da palavra casco ainda existe | |
![]() Naufrágio do Herald - Arraial do Cabo, RJ. |
explicitamente a menor profundidade local, que também está representada
pela medição durante a menor maré local. Alguns dos mais conhecidos destroços do Brasil estão assim representados. A foma da representação, também não corresponde ao formato subaquático dos destroços, porém o tamanho da obstrução guarda uma proporção com o maior comprimento dos destroços. As condições dos destroços dependerão também da profundidade. |
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Quando se fala
de mergulho técnico,
um dos tópicos mais detalhados é a distribuição (ou roteamento) das mangueiras
do 1º estágio. Uma boa distribuição permitirá ao mergulhador além de proteger
suas mangueiras de cortes em partes mais afiadas dos destroços,
diminuir o volume do equipamento. No mergulho técnico, o uso de dois primeiros estágios permite que as mangueiras, distribuídas entre eles, saiam da parte inferior do regulador, mantendo-se escondidas. Porém quando se utiliza apenas um 1º estágio, com um 2º estágio e octopus, é muito difícil conseguir essa distribuição harmoniosa. |
Apresentaremos
algumas possibilidades, considerando o uso de apenas um 1º estágio. |
Os
fabricantes de reguladores não têm preocupação com saídas harmoniosas de mangueira.
Na maioria dos caso, os 1º Estágios, permitem a saída de 5 mangueiras em torno
do corpo do regulador. Isso fará com que as mangueiras estejam a intervalos próximos
de 90º, o que não permite protege-las e torna o conjunto volumoso. Apenas duas
soluções são possíveis neste caso. Ou se troca para um regulador com distribuição
mais adequada - o que implica em alto custo financeiro -, ou se utiliza um SWIVEL
de 90º (figura.1). Essa pequena peça, têm a função de permitir que a mangueira não saia perpendicular ao 1º estágio e sim paralelo a ele. Além disso ela permite o giro de 360º da mangueira em torno da saída do 1º estágio. O SWIVEL esconde mangueiras, impede que elas batam na cabeça e diminuem o repuxo do 2º estágio na boca. | ![]() |
Na
maioria dos casos de reguladores (1º estágio alinhados com o yoke), um único SWIVEL
de 90º pode permitir que a distribuição das mangueiras fique bem mais harmoniosa,
protegendo a maioria das mangueiras e posicionando-as junto ao corpo (figura.2). Recomendamos utilizar essa peça, junto ao octopus e posicionar o 1º Estágio com as mangueiras do colete e manômetro ligeiramente para baixo (protegidas), desta forma, a mangueira mais exposta será a do 2º estágio, que normalmente está na boca, e por isso, percebe-se quando ela esbarra em algum objeto. (Figura. 2). Alguns mergulhadores, alegam que essa peça introduz uma possibilidade de falha no equipamento, pois suas vedações são feitas por dois O'rings. No entanto, além de minha experiência mostrar que essas peças são muito seguras, o risco de expor excessivamente as mangueiras parece bem pior. |
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Existem SWIVELS de 2º estágio, porém sobre eles falaremos em uma próxima dica. | |
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Em naufrágios profundos, sempre procuramos retornar ao cabo de subida, pois isso garantirá uma descompressão confortável, próximo ao barco e com apoio. Porém, poderão ocorrer situações em que, por uma série de razões, esse procedimento não será possível. Neste caso outras técnicas de descompressão devem ser dominadas para garantir uma plataforma estável de parada e uma localização rápida pelo barco. De acordo com a situação existem várias técnicas, que podem ser aprendidas no curso de mergulho em naufrágio, uma delas é a descompressão utilizando o pára-quedas. | |
DESCOMPRESSÃO
NO PÁRA-QUEDAS O pára-quedas convencional ou um deco-mark, que são mais longos para aumentar a visibilidade na superfície, podem ser usado como uma sólida base de apoio durante paradas descompressivas. |
Antes de atingir a profundidade de descompressão, desenrole o pára-quedas e fixe a ponta do pára-quedas a carretilha já destravada. Incline a cabeça para o lado, aproximando a boca do pára-quedas do segundo estágio. Feito isso, infle o pára-quedas com o ar de 3 ou 4 exaustões. Com a outra mão mantenha o cabo e a carretilha afastados de seu corpo. Ao sentir a força do empuxo, solte o pára-quedas liberando-o através do cabo, até que ele atinja a superfície. Quando o pára-quedas já estiver na superfície, trave a carretilha e mantenha-se ligeiramente negativo segurando pelo cabo, pelo tempo que durar a descompressão. Nesta técnica o mergulhador será levado pela corrente, enquanto cumpre a descompressão, por isso, a equipe de superfície deve estar avisada e atenta ao procedimento, para seguir ou recuperar o mergulhador à deriva. O que pode parecer uma desvantagem do método, será um ponto positivo, se a corrente estiver forte o suficiente para impedir o mergulhador de segurar o cabo de subida, que é fixo. À deriva, o mergulhador não se opõe à força da corrente e por isso não há desgaste. | ![]() |