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Histórico |
O
Bellucia foi construído para a companhia Lamport & Holt Lines
em 1888 nos estaleiro D&W Henderson Ltd. de Glasgow. Era um vapor de
102 metros de comprimento e 2.728 toneladas e registrado no porto de Glasgow
pela companhia Bell Brothers & McLelland de Glasgow, que também
gerenciava o Bellarden de 2.715 Toneladas, que serviam a linha Liverpool,
Brazil and River Plate Steamers. Também fizeram parte da linha Bell os navios: Bellands, Bellco, Bellpool e Bellbank. No dia 09 de fevereiro de 1903 partiu, com uma carga de 15.000 sacas de café, do porto de Santos, com escala em Vitória e destino final no porto de New Orleans nos Estados Unidos. Fez uma escala para reparos no porto do Rio de Janeiro, de onde partiu no início da manhã do dia 14. As condições meteorológicas eram moderadas, com ondulação e vento fresco. O vapor passou pelo Cabo de São Thomé e no início da noite do dia 15 foi avistada a uma distância de 2 milhas a Ilha Escalvada, em frente a Guarapari, ES. |
Navio semelhante ao Bellucia e ao Bellarden |
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O Naufrágio |
Por volta das 19:30
horas o engenheiro de máquinas reportou um problema na caldeira
de bombordo e o comandante S. Horne ordenou a redução da
velocidade do vapor e a sondagem de profundidade. |
O
navio encontra-se partido a meia nau, bem no meio do compartimento das
caldeiras. Vista da Ilha Rasa da Escalvada da posição da popa do Bellucia. |
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Seção
de Popa
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Descrição |
A
secção da popa é a parte mais inteira dos destroços.
Está adernada para bombordo, a lateral de boreste está a 17
metros, enquanto o costado de bombordo permanece apoiado na areia a 25 metros.
Na popa pode ser visto o resto do casario, com parte das janelas traseiras, uma pequena penetração pode ser conseguida neste local. O grande hélice e o leme estão em seu local habitual. Junto ao convés de popa, podem ser vistos dois cabeços de amarração e parte do guincho de popa. |
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Máquinas do tipo Duble Expansion Engine equipavam o Bellucia, porém elas são difíceis de se ver no fundo, pois estão encobertas por outras ferragens. | ||
O grande hélice domina o cenário da popa |
Seguindo-se
em direção a meia nau, encontramos a estibordo, uma grande
fratura no casco, provavelmente no porão de popa. A frente desta
fratura está o mastro, caído para bombordo, ainda com as malaguetas
da base presas a ele, a seu lado um grande guincho de pau de carga. A dez metros a frente do mastro está o segundo maior conjunto de destroços da popa; formado por parte da casa de máquinas. Um estreito corredor passa ao lado deste conjunto. Sobre ele estão tombados, na diagonal, os cilindros da máquina a vapor do tipo dupla expansão. Elas estão partidas no girabrequim e o eixo está escondido abaixo de muitos destroços. Atrás do conjunto das máquinas estão uma das caldeiras principais e uma caldeira auxiliar. |
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Seção
de Proa
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Descrição |
Encostada
nas pedras da Ilha Rasa Escalvada a popa extende-se adernada para bombordo
por cerca de 25 metros. A proa é a parte mais inteira deste conjunto de destroços. Junto ao casco, uma âncora almirantado descansa na areia. Na ponta da proa alguns turcos encontram-se apoiados no fundo. Ainda na proa muitos ferros se espalham caídos na areia, parecendo terem rolado do convés de proa, no meio deles, existe um grande guincho e cabeços de amarração. Seguindo-se em direção do meio do navio, muitos ferros empilhados mostram grande destruição causada pelo impacto do navio e pela ação do mar junto às rochas do costão. Podem ser localizados mais um guincho dois reforços de estiva de porão. Parte do mastro de proa está caido para bombordo, além disso, vários turcos estão fincados no fundo. No final do conjunto da proa está a segunda caldeira principal caída de lado. |
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Uma das três caldeiras do Bellucia |
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Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO |
Agradecimento:
A toda equipe da Atlantes de Guarapari pela atenção e profissionalismo
apresentado
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