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Histórico | |||||
Na noite calma e sem bruma do dia 22 de setembro
do ano de 1876 o vapor alemão procedente, vindo da Europa, saia da
Baía de Todos os Santos depois de uma escala em Salvador. Quando
o Farol de Santo Antônio (Farol da Barra) estava a cerca de 500 metros
do navio, verificou-se que o sistema de leme havia partido. Devido as correntes
existentes na entrada da baía o navio derivou para a esquerda e sofreu
um impacto com o fundo (não é possível ver pedras).
Ele ficou encalhado praticamente na mesma posição de navegação
e começou a afundar devagar até que a água invade o
convés, nesse ponto o navio para de afundar, pois está apoiado
no fundo. Não foi a primeira embarcação que ali se perdeu, nem seria a última. Salvaram-se facilmente tripulantes e passageiros pela proximidade da terra. Embora tenha se empregado diversos meios para soltá-lo, ao longo dos meses o casco acabou destruído pelo mar,e afundou meses depois. A carga sofreu grandes avarias, ocasionando vultoso prejuízo a empresa de seguros. |
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Descrição |
Os destroços desses dois vapores estão espalhados pelo fundo
plano e pouca coisa restou das estruturas. Os dois navios parecem estar
posicionados cruzados como se fosse um X, mas quase paralelo. O ponto de
intersecção é o compartimento das caldeiras, guinchos
e as máquinas a vapor dos dois navios foram removidas. O Germania, menor e mais antigo está espalhado em adiantado estado de desmonte. A proa está direcionada para o interior da Baía de Todos os Santos e parte do casco pode ser visto adernado para boreste, com o reforço de proa destacando-se e com os escovéns já soltos no fundo. Seguindo-se em direção ao centro do navio existem algumas estivas e bordos com linhas de bigotas. No centro dos destroços existem restos de três caldeiras de baixa pressão, misturadas com as quatro caldeiras do Bretagne (de alta pressão) que estão em melhor estado, próximo a elas estão dois cabeços de amarração. Em direção a popa, a maior parte dos destroços é composto pelo cavername e quilha. |
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Cavername
e o que restou do casco do Bretagne estão apoiados sob o cavername
e casco do Germania.
Um grande número de caldeiras espalha-se pelo fundo. |
![]() Reforço de estiva |
![]() Cavername |
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Histórico |
O navio, que seguia
para Marsellha, partiu a corrente do leme ao bater nos destroços do Germania,
na altura do Forte de São Marcelo quando fazia manobra, ficando a deriva,
foi atirado pela correnteza nas pedras em frente ao local denominado "Paulo
e Virgínia", onde afundou o Germânia. A pesar de terem sido enviados dois
rebocadores até o navio eles não lograram exito na tarefa retornando ao
porto. O comandante do barco, ao ver a extensão do acidente, se suicida
com um tiro. O vapor ficou preso nas pedras por vários dias, havendo inclusive,
tentativas de pilhagem. |
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![]() Navio Bretagne encalhado e já partido sobre o banco na entrada da baía de Todos os Santos |
Durante alguns anos essa foto foi identificada erradamente como sendo do Germania, mas agora com o auxílio do Instrutor André Lima de Salvador. Que de posse de uma nova foto
do navio Bretagne identificou os destroços ao lado como sendo do
vapor da Société
Générale de Transports Maritimes. |
Descrição |
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![]() Base de sustentação de mastro |
![]() Cavername |
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