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Histórico |
![]() East Indiaman Surat Castle, 1790 |
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![]() Castelo de Surat - Índia |
![]() Surat Castle que se tornaria a Dona Paula |
![]() Nationa Maritme Museum em Greenwich (Londres) |
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Naufrágio Em outubro de 1827 partiu do Rio de Janeiro para a região de Cabo Frio para combater corsários argentinos que atuavam naquela região. Os corsários eram liderados por Cesar Fournier, a serviço das Províncias Unidas do Rio da Prata. Durante a perseguição, possivelmente ao brigue Oriental Argentino, a Fragata Dona Paula encontrou condições meteorológicas muito adversas, com forte cerração - que é típica na região do Focinho do Cabo (atual Arraial do Cabo) - e acabou batendo na face interna da ilha dos Franceses (ilha maior) perdendo-se totalmente. O comandante Cândido Francisco de Brito Vitória e outros oficiais foram submetidos a um conselho de guerra e acabaram condenados pela perda da fragata. |
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![]() Posição do naufrágio na Ilha dos Franceses (Arraial do Cabo, RJ.) |
Descrição Os destroços, basicamente formado pelo conjunto dos canhões e material já misturado com o fundo, estão espalhados paralelamente ao longo do costão da face interna da enseada formada pelas duas ilhas. Estendendo-se do meio da ilha maior até o canal que separa as duas ilhas. Uma grande quantidade de canhões de ferro, a maioria do tipo colubrina e balas de canhão estão amontoadas no fundo, a maior parte entre as rochas, o que dificulta muito a visualização e alguns já na faixa de arreia, o que indica que o navio adernou para bombordo depois de seu naufrágio. Fomos capazes de localizar 34 desses canhões, alguns já muito enterrados e possivelmente os dois que faltam do inventário do navio estão nessa condição. Existe uma grande âncora tipo almirantado e um guincho cabrestante. Pequenas peças também podem ser vistas entre todas as rochas que cobrem o fundo. Algumas peças estruturas maiores e grandes massas de bolas de canhão já grudadas e muito integradas ao fundo podem ser visualizadas por olhos mais treinados e atentos. Junto a areia, no centro da ilha, existem algumas partes do casco e cavername, porém o movimento do sedimento cobre e descobre esses destroços e acordo com a época. |
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São
localizados 34 canhões de ferro, a maioria entre as rochas do costão,
vários estão empilhados e já muito atacados pelos
organismos marinhos o que dificulta sua identificação
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![]() Alguns dos canhões inda apontam para cima, parecem lutar contra a natureza para manter sua função de defesa |
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Foram localizados 34 canhões do tipo colubrina, de pelo menos
2 calibres diferentes, como pode ser visualizado na foto acima pela diferença
de diâmentro dos canhõe
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Junto
da areia está um guincho de cabrestante
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Na
cabeça superior (cunho) ainda é possível ver os orifícios
onde eram inseridos os sarrafos (barras) para sua movimentação
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Na
areia existe um número menor de canhões, provavelmente os
de boreste
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Alguns
estão bem enterrados e aparecem ou não de acordo com o movimento
da areia
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O
Resgate Segundo matéria da revista Manchete de 15 de Abril de 1978, em matéria de Salvador Pane Baruja, um mergulhador de nome Fabio Crespi localizou os destroços da fragata Dona Paula acidentalmente em 1977 e resolveram empreender um trabalho de "resgate". Foi montada uma equipe de mergulhadores lideradas por um argentino chamado Ramon Avellaneda, que na época residia em Búzios, RJ. A matéria é muito bem ilustrada com os equipamentos de "Air Lift" e peneiras utilizadas pela equipe e dos muitos artefatos removidos do naufrágio. Pela descrição da proa do navio e narrativa das operações feita pelo argentino, acreditamos que eles tenham removido muito da estrutura do casco do navio, para retirar armas de mão, cerâmicas, centenas de moedas de ouro, prata e cobre, além de objetos pessoais como fivelas de cinto e placas de identificação. Acreditamos que a operação tenha destruído e movimentado muito das estruturas do navio (veja trechos extraídos da matéria). " A primeira impressão de quem se aproxima da fragata e imponente segundo Ramon Avellando, leva aos muitos canhões e a ponta da proa se estende por mais cinco metros de comprimento"... No meio dessa selva de armas enferrujadas Avellaneda descobriu as moedas depois afastar pedras enormes... Foram usados martelete submarinos espécie de britadeira aquática, explosivos, os mergulhadores estão tentando agora romper a espessa camada de ferro que sobrou no casco da fragata," |
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