..NAUFRÁGIO do GUANABARA
 
História
Pouco se sabia da história desse vapor que deu o nome a prai de Guanabara no município de Meaípe no Espírito Santo . Existiam datas de afundamento em 1800, 1910 e 1930.
Em fevereiro de 2004 descobrimos os fatos que envolveram o acidente deste paquete. Esse paquete da companhia de Navegação Espírito Santo e Caravelas fazia rotineiramente a rota portos do sul - Espírito Santo - Caravellas até portos do nordeste, quando numa noite de baixa visibilidadese chocou com a lage que segue paralela a a antiga praia de Ubú, que acabou recebendo seu nome.


Posição

O navio Guanabara bateu nos recifes costeiros dando nome a praia do Espírito Santo. Está afundado a cerca de 300 metros da praia de Guanabara, em frente a Pousada das Ostras, junto aos recifes.
 
Posição do Guanabara em frente a praia o qual deu o nome
 

DADOS BÁSICOS

Nome do navio: Guanabara

Data do afundamento: 04.04.1911

LOCALIZAÇÃO

Local: Anchieta

UF: ES.

País: Brasil

Posição: Praia de Guanabara 300 metros da praia

Latitude: 20° 49' 33" sul

Longitude: 040° 37' 03" oeste

Profundidade mínima: 0 metros

Profundidade máxima: 10 metros

MOTIVO DO AFUNDAMENTO: choque

CONDIÇÕES ATUAIS: desmantelado e enterrado
DADOS TÉCNICOS
Nacionalidade: Brasileira
Tipo de embarcação: paquete Armador: Cia Navegação Espírito Santo e Caravellas
Material do casco: ferro Propulsão: vapor
Descrição
O navio encontra-se paralelo a costa. A proa do navio pode ser vista fora d'água, seguindo-se em direção a popa pode ser visto o escovem da âncora logo atrás estão partes do casco e cavername, totalmente desmontados, no meio dos destroços um guincho de cabeça para baixo.
No centro do navio podem ser vistas duas pequenas caldeiras com apenas uma boca de alimentação, junto as caldeiras está um, a câmara de condensação do vapor.

Existem muito ferros acumulan-se nesta área enterrando parcialmente as caldeiras, em direção a popa está a máquina propulsora do navio, que parece ser do tipo Truck engine, um grande eixo, dotado de flanges de união e mancais pode ser encontrado nesta região.
 

 

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Pesquisas e aventura !

Guarapari, ES - Maurício, Leonardo
Zig, Cabral e Sérgio na máquina fotográfica.
Ainda não existia a self, nem o celular, kkkk
Em 1997 amigos do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte organizaram uma viagem para conhecer os naufrágios de Guarapari no ES. Nós éramos jovens, loucos e apaixonados por naufrágios. Depois de dois dias de mergulhos o tempo mudou e impediu a terceira saída. Por isso, combinamos um churrasco para comemorar o sucesso e final da viagem. Quando retornávamos das compras vi uma placa com o nome de Praia de Guanabara. Consultei os arquivos do SINAU e vi que havia um naufrágio nessa praia. Sinalizamos para o carro da frente e comuniquei que eles fossem acendendo o carvão que eu ia dar uma checada. A resposta foi curta e direta. "porra nenhuma, vamos todo mundo nessa". Minha ideia era pedir informações na praia, mas chovia e ventava muito e não havia ninguém na praia. Logo, a gozação começou. No desespero parei em uma das poucas construções da praia a Pousada da Ostra e na maior cara de pau fui pedir informações debaixo de todo tipo de piada, mesmo porque, para que serve os amigos né?
Meio sem graça, entrei na pousada e perguntei já esperando a cara de espanto. "Bom dia senhorita, por acaso você conhece um navio afundado por aqui." A moça sorriu, apontou pela janela a formação escura no meio do mar. "olha ele ali moço." Agradeci, saí da pousada e fui marcar a posição com o GPS, chovia muito. Aí todo mundo saiu na chuva para ver o que estava acontecendo. Até então só o trouxa aqui estava molhado.
Expliquei que era o navio, em menos de um minuto a primeira voz gritou "nós não vamos lá?" isso incendiou o grupo e como os equipamentos já estavam arrumados no caro, os seis loucos se jogaram na água cruzando cerca de 300 metros de mar encarpelado para conhecer o Guanabara, festa total!
De lá para cá foram anos procurando os dados desse paquete, até que finalmente (02.2024) a notícia se escancarou no jornal Diário da Manhã do Espirito Santo. Mais um mistério dos naufrágios do Brasil encerrado.
 
 

 

Na maré baixa a ponta da proa se projeta mais de um metros para fora d'água.