..NAUFRÁGIO do IMPERIAL MARINHEIRO
 
Histórico

A Marinha do Brasil possuiu diversas embarcações com o nome de Imperial Marinheiro, dois dos quais naufragaram. O navio naufragado no Rio de Janeiro era um brigue de dois mastros, atuando na função de corveta. Ele foi o primeiro barco de Marinha construído no estaleiro de Ponta de Areia, Niterói RJ. em 1851.

Cruzador Imperial Marinheiro
Já o Cruzador Imperial Marinheiro, também foi construído no mesmo estaleiro entre os anos de 1882 e 1883. Ele também foi precursor de sua época, sendo o primeiro navio a vapor construído nesses estaleiros.
Na dia 7 de setembro de 1887 em plena madrugada, o Imperial Marinheiro aproximando-se demasiadamente da costa, chocando-se contra os baixios da Pontal Sul da barra do Rio Doce.
 


Corveta Imperial Marinheiro
 

DADOS BÁSICOS

Nome do navio: Imperial Marinheiro

Data do afundamento: 24.06.1865

LOCALIZAÇÃO

Local: Restinga da Marambaia

UF: RJ.

País: Brasil

Posição: Praia da Pescaria Velha, na Restinga da Marambaia

Latitude: 23° 04' 02" sul

Longitude: 044° 00' 06" oeste

Profundidade mínima: 03 metros

DADOS TÉCNICOS
Nacionalidade: Brasileira
Ano de Fabricação: 1851
Armador: Arsenal da Marinha
Comprimento:36 metros Boca: 6,3 metros Calado: 3,1 metros
Tipo de embarcação: corveta
Material do casco: madeira Propulsão: vela
CONDIÇÕES ATUAIS: desmantelado
 
Informações (Jornal do Commércio 26.06.1865)
"Hontem, pelas 8 da manhã, soube-se no Arsenal de Marinha por um telegrama remetido de Sapopemba, que a corveta Imperial Marinheiro tinha naufragado na Marambaia. Esta triste notícia foi poucas horas depois confirmada pelo immediato, que por ordem do commandante veio por terra participar esta deplorável occorrencia ao Senhor Inspector Geral do Arsenal, e pedir providencias afim de salvar-se o que se pudesse e conduzir a guarnição do navio, que felizmente salvou-se toda.
 
A Imperial Marinheiro saiu de Santa Catarina com destino a este porto a 1 hora da tarde do dia 21 do corrente.
Depois da sua sahida, nunca mais vio o sol nem estrellas, sobrevindo-lhe um grande temporal, que a corveta aguentou com galhardia, perdendo-se somente alguns escaleres. Na noite de 23 afroxou o vento, ficando quasi em calmaria. Assim permaneceu naquella noite, havendo grandes correntezas d'água em muita cerração. Pela volta das 6 para as 7 horas da manhã a corveta encalhou na Restinga da Marambaia. A arrebentação do mar naquella praia era muito forte e a bordo da Imperial Marinheiro, só havia um escaler. Foi preciso, pois, que alguns corajosos marinheiros fossem a praia com cabos para formar vai-vens, o que effectuarão felizmente, salvando-se desta forma todas as praças do navio, inclusive uns tres ou quatro doentes, no escaler, em diversas viagens, puderão tambem salvar algumas bolachas e outros objectos de primeira necessidade.

 
 
A guarnição, achava-se acampada na praia debaixo de barracas, e já tinha alli comparecido o Subdelegado da Pedra, que tambem lhes forneceu carne seca e farinha. Hontem de tarde sahio para o lugar do sinistro um vapor de reboque fretado pelo Arsenal de Marinha, afim de prestar socorros precisos aos náufragos, visto não haver possibilidades de salvar a corveta."
( Jornal do Commércio 30.06.1865 )
"Em aditamento no que no jornal de 26 do corrente publicamos sobre o naufrágio da corveta Imperial Marinheiro, communicão-nos em data de hontem o seguinte:
Desembarcarão hoje no meio dia no Arsenal de Marinha do vapor de reboque "Incansavel", que havia ido dia 25 para a Marambaia, em socorro dos naufragos da Corveta; o immediato, officiaes e 94 praças da tripulação daquele navio, tendo ficado no lugar do sinistro o commandante, mestre, commissário, escrivão e vinte e tantas praças, para recolherem os objetos que o mar fôr levando à praia. Veio também o Sr. Capitão-tenente Picanço da Costa, ajudante da Capitania dos Portos, que seguira no mesmo vapor "o casco da corveta está completamente perdido."
 
Local do Naufrágio
A Praia da Pescaria Velha fica em área restrita de controle da Marinha. A areia do fundo no local desloca-se com muita frequência, o que dificulta a localização dos poucos destroços que não foram recuperados nos meses subsequentes ao desastre.
 

 
Shipwreck WRECK WRAK EPAVE PECIO