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Histórico |
Construído na frança
pelo industrial Henríque Lage para o serviço de cabotagem.
O Itapagé era dos mais novos navios da Companhia Nacional de Navegação
Costeira, datando sua construção de 1926. Era comandado
pelo Capitão-de-Longo-Curso Antônio da Barra. |
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O
Itapagé foi atingido quase simultaneamente a boreste na altura dos | ||
porões 1 e 2, adernando para o mesmo lado da explosão e afundando
em quatro minutos. A confusão e o pânico se estabeleceram abordo; os tripulantes e passageiros não conseguiram correr para as baleeiras e apenas duas foram lançadas. O navio transportava caixas de cerveja e o com a explosão milhares de cacos de vidros foram arremessados em todas as direções. Muitos náufragos flutuavam apoiados em pedaços de escombros em meio ao fogo. | ||
Segundo
os sobreviventes, entre as ondas emergiu e submergiu diversas vezes a silhueta
do submarino agressor. Na ponte, marinheiros alemães, gargalhavam enquanto
fotografavam o local da tragédia; depois o submarino navegou para o leste. Os náufragos chegaram as praias de Jequiá e Lagoa Azeda onde foram acolhidos pelos moradores. Quando a notícia do torpedeamento foi transmitida pelo rádio, partiram de São Miguel dos Campos, recursos e médicos do exército para medicar os feridos. No dia seguinte, o U-161 foi detectado na superfície por um avião norte-americano que o bombardeou, nunca mais se tendo notícia dele. Dos 70 tripulantes do Itapagé, 18 pereceram e dos 36 passageiros, quatro desapareceram.
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Descrição O naufrágio está no fundo adernado para boreste. A proa está apoiada pela quilha. A partir do castelo de proa, com os escovéns e cabeços de amarração segue-se o guincho de proa, por onde pode ser feita uma penetração. O navio está partido no primeiro porão e espalhadas pela areia há um mar de garrafas de cerveja e perfume e muitos pneus. |
![]() Interior da proa do Itapagé |
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Abandonado
caído sobre a areia, jaz um dos turcos de boreste que baixaram
um dos poucos botes salvavidas
lançados ao mar. No pânico, apenas duas baleeiras foram utilizadas e muitos náufragos tiveram que se agarrar a caixotes de madeira e outros destroços que flutuavam no mar agitado. |
![]() Proa |
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![]() Rodas e eixo de um dos caminhões |
Seguindo em direção
ao meio do navio passamos pelo primeiro conjunto de mastros, formado por
cinco grandes estruturas. Abaixo delas está o que sobrou do chassis
e rodas de um caminhão. Existem muitos compartimentos, alguns virados de cabeça para baixo, onde estão vários banheiros. No centro do navio são encontrados dois grandes motores diesel, com mais de 5 metros de altura e formando um corredor de cerca de 8 metros entre eles. Na frente deles estão duas caldeiras de cerca de 3 metros de diâmetro. O mais surpreendente é a presença de máquinas a vapor do tipo Triple Expansion Engine, localizada ao lado de bombordo dos motores diesel. |
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Seguindo-se em direção
a popa estão parte dos dois eixos e o segundo conjunto de mastros,
estes espalhados em diversas direções. A popa está quebrada
e bastante adernada. Nela pode ser feita uma penetração bastante
longa. A quilha com o leme estão expostos a bombordo, mas o hélice
foi retirado. Ainda na popa, existe na areia mais garrafas e outros pneus. O naufrágio é muito grande e muito difícil de ser coberto com calma em um único mergulho. | ||
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![]() A surpresa é encontrar no mesmo naufrágio máquinas a vapor ao lado dos motores diesel e da caldeiras |
![]() Enormes motores principais a diesel |
![]() Um dos vários banheiros |
![]() Tanques de óleo diesel ao lado das máquinas |
![]() Popa emborcada |
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