NAUFRÁGIO DO PARANA
 
Histórico

O vapor francês Parana da Compagnie des Chargeurs Réunis partiu do Rio de Janeiro para a Europa quando nas primeiras horas da manhã do dia 18 e de súbito sentiu-se a bordo tremendo impacto. O Parana tinha encalhado em um ponto denominado Affonso na praia da Massambaba, a cerca de 12 milhas a Oeste da Ilha dos Franceses.
Ao longo do dia, foi avistado por diversos vapores nacionais, que não puderam prestar socorro devido às condições de mar.

A capitânia dos Portos enviou para a Massambaba o rebocador Audaz, mas colhido pelo sudoeste o Parana continuava preso, o que obrigou os passageiros a desembarcar em sistema de vai e vêm, passando do navio para terra.
As malas postais e parte da carga foram depositadas na praia, sendo impossível salvar o navio que acabou partindo-se e afundando definitivamente no dia 27 de maio de 1892.
 
 
Fotos das máquinas do Parana, realizadas com drone e gentilmente cedidas pelo Leonardo Joaquin
 

DADOS BÁSICOS

Nome do navio: Parana

Data do afundamento: 18.05.1892

LOCALIZAÇÃO

Local: Figueira

UF: RJ.

País: Brasil

Posição: Praia da Massambaba, na arrebentação, em frente a última rua de Figueira

Latitude 22º 56. 704' sul

Longitude: 042º 10. 380' lest

Profundidade mínima: 0 metros

Profundidade máxima: 08 metros

MOTIVO DO AFUNDAMENTO: encalhe

DADOS TÉCNICOS
Nacionalidade: Francesa
Ano de Fabricação: 1882
Armador: Compagnie des Chargeurs Réunis.
Estaleiro: Graville, (Le Havre - França).
Comprimento: 110 metrosBoca: 12,19 metros
Tipo de embarcação: vapor
Material do casco: açoPropulsão: hélice

Carga: Fardos de lã

CONDIÇÕES ATUAIS: desmantelado e enterrado
 

 
Descrição

A única grande estrutura é a grande máquina a vapor de 3 cilindros a cerca de 100 metros da arrebentação, como está na posição vertical, com os cilindros para cima imagina-se que esteja presa ao fundo do navio que permanece enterrrado. Outra pequena porção de ferros retorcidos está a cerca de 50 metros a esquerda da praia. Já foram descritas caldeiras a 150 metros da praia, porém uma exploração em 2006 de todo o entorno das máuinas não detectou nada.
Existem peças estranhas junto ao mato da praia, parecem ser da carga do navio, mas não foi possível precisar sobre isso.

 
Ducto de vapor na base das máquinas
Alto das máquinas a vapor (cilindro de baixa)