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Pesquisas revelaram
nome e dados novos ! |
Árdua
pesquisa: Durante
muitos anos acreditou-se que este naufrágio, um dos mais famosos do Brasil,
chamava-se Rosalina tendo afundado em 1939. Corroborando essa tese, foi
publicada na década de noventa por uma revista de mergulho, uma carta,
onde um leitor passava informações técnicas sobre um navio
de nome Rosalina, supondo que tratava-se do mesmo navio. O que infelizmente não
foi feito na época da publicação, foi checar que estas informações,
extraídas do American Bureau of Shipping (ABS), não estavam
associadas ao navio que naufragara em Abrolhos e sim, a outro navio de nome Rosalina,
de bandeira Panamenha construído em 1941. Mergulhando em Abrolhos em 2001 com o amigo Zig notamos incongruências entre o tipo de máquinas presente nos destroços e a época citada para o naufrágio (1939). Pesquisando os jornais da época, não havia nenhuma notícia a respeito do naufrágio. Seria possível, que um navio afundado em nossa costa em 1939, no estopim da 2ª Grande Guerra pudesse afundar e não ser noticiado? Além disso, uma foto do Arquivo Nacional (do extinto Jornal Correio da Manhã de 1959) mostrava o mastro do navio fora d'água e ainda com tinta, o que condenava ainda mais a data de 1939. Para piorar, os registro publicados do suposto Rosalina, indicavam sua construção em 1941 e a nacionalidade era questionável, uns diziam Panamenha e outros Italiana. Haviam muitas falhas na história. Resposta a minhas cartas do Registro de Navios do Panamá negavam quaisquer registros de uma Companhia Viento Del Sur ou de navios de nome Rosalina. A estória ficava cada dia pior. Algumas dezenas de cartas depois uma "simples" mas surpreendente resposta surge do Arquivo Técnico da Marinha, nas palavras do CT Silbert: "Após dar umas buscas em nossos arquivos conseguimos localizar uma mensagem datada de 01 /11/1955 comunicando o afundamento do navio italiano ROSALINDA no dia 28 /10/1955 em Abrolhos. Atenciosamente, CT SILBERT". Mais uma visita a Biblioteca Nacional, para uma tarde de trabalho, poeira e decepção. Nada constava. Depois de algumas trocas de jornais, finalmente os fatos apareceram confirmando datas, nomes e locais. A dificuldade estava no fato do naufrágio do Rosalinda estar no meio de uma das maiores crises políticas do país. O vice-presidente Café Filho, que assumira o governo com a morte de Getúlio Vargas em 1954 havia sido substituído por motivo de doença e em seu lugar assumira Carlos Luz (Presidente da Câmara dos Deputados), este por sua vez, também enfrentou forte oposição, principalmente de alguns setores militares, terminando por entregar o cargo a Nereu Ramos. Carlos Luz, Carlos Lacerda e outros ministros, deixaram rapidamente o Rio de Janeiro a bordo do Cruzador Tamandaré, durante a fuga o navio forçou a Barra do Guanabara e foi alvo dos disparos do forte do Leme. Com o naufrágio iminente da democracia do país, os eventos que sepultaram o Rosalinda obtiveram pouco destaque dos jornais da época. |
Agradecimentos
ao apoio do amigo e instrutor Washingthon Jaude (ZIG). | |
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Histórico: |
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Demais informações técnicas e fotos do navio Rosalinda em publicação futura e no SINAU. |
Descrição: | |
Está pousado corretamente no fundo, encaixado entre duas cabeças de coral. O casco está praticamente íntegro e pode-se passar por baixo dele em dois pontos da proa. O navio está partido no centro, na parte rompida estão as caldeirase máquinas. A proa está mais rasa que a popa, a partir dela podem ser vistos os guinchos de proa cabeços de amarração, escadas e a entrada do primeiro porão (estiva). | |
O
segundo porão está na continuidade do primeiro e sobre ele esta caído o mastro
ainda com sua escada. No centro da embarcação o casco esta partido a bombordo e podem ser vistas duas grandes caldeiras e máquinas do tipo Triple Expansion Engine. Atrás das máquinas mais dois porões são encontrados, guarnecidos pelos mastros e guinchos. Pode ser feita a penetração em seus três porões e parte do casario, parte da carga de cimento ainda encontra-se arrumada no porão, toda a estrutura de convés como guinchos, mastros e guindastes pode ser vista sobre o navio. A parte superior do casario na popa não existe mais e atrás dele pode ser encontrado o leme, já em águas abertas, da popa, saindo-se do convés na direção do fundo, pode-se atingir o hélice e leme presos aos recifes. |
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![]() Leme de comando na popa |
![]() Carga de sacos de cimento | ![]() Passagem entre vários conveses |
Apoio
& Agradecimentos:
A toda a equipe do Titan |