MARIA STATHATOS

Sumário

Histórico

Histórico
Este é um dos três naufrágios de navios gregos da mesma linha registrados em Fernando de Noronha os demais são: Themoni Stathatos, do qual ainda faltam dados confiáveis para a confirmação do naufrágio e o Eleni Stathatos (1929), naufragado perpendicularmente a popa do Maria Stathatos (1937).
Até 2014 não se conhecia a história deste navio, agora, podemos afirmar, graças a diversos jornais de época tratar-se do Maria Stathatus. Ele está em uma posição paralela ao costão e caído por trás do Eleni Stathatos.

O Maria Stathatus entrou em chamas no porto de Fernando de Noronha em 09.06.1937, ancorando no local. Os tripulantes lutaram para debelar as chamas, mas como a carga de carvão de pedra já estava em chamas, foi decidido o abando no da embarcação. Ainda durante a noite, os tripulantes passaram para o navio alemão de apoio a aviação Westfalen, que se encontrava a certa distância da ilha, como apoio ao serviço de aviação comercial entre Alemanha e a América do sul.
O vapor grego continuou a queimar até que só restou as ferragens, terminando por submergir.
  (L)Foto do Maria Stathatos encalhado paralelo
a praia na Baía de Santo Antônio
As pesquisas continuam
Poucos meses atrás um novo Maria Stathatos apareceu nas pesquisas.
O Maria Stathatos da foto é indicado como um dos naufrágios da Ilha de Milos na Grecia, ele teria sido bombardeado pelos alemães em abril de 1941.
Mesmo que existam dois navios com o mesmo nome, algumas informações técnicas parecem estar misturadas entre esses dois navios. Aguadamos respostas e mais informações dos responsáveis pelo site https://www.wreckdiving.gr/wreck/maria-stathatos para esclarecer essa confusão.

 

Dados básicos

Nome do navio: Maria Stathatus
Data de afundamento: 09.06.1937

Dados de localização

Local: Fernando de Noronha
UF: PE
País: Brasil
Posição: Parte interna direita da Baía de Santo Antônio
Latitude: 03° 50′ sul
Longitude: 032° 24′ 24″ oeste
Profundidade mínima: 01 metros
Profundidade máxima: 5 metros
Condições atuais: desmantelado

Dados técnicos

Nacionalidade: grega
Ano de fabricação: 1918
Estaleiro: Barelay Curle&Co Ld Glasgow
Armador: D.A. Stathatos SS CO. Ld.
Deslocamento: 5.269 T
Comprimento: 120 metros
Boca: 15,6 metros
Tipo de embarcação: cargueiro
Material do casco: aço
Carga: Louças e carvão
Propulsão: vapor
Motivo do afundamento: encalhe

Descrição

Descrição
Os destroços começam junto à popa do navio Eliane Stathatus, também afundado no porto da Baía de Santo Antônio e se espalham paralelamente ao costão, por cerca de 50 metros, variando pouco em profundidade. Na maré vazante, parte da caldeira aflora a superfície.
A popa esta caída para estibordo. Restam parte do arco do hélice, que aparentemente foi cortado e parte da estrutura de apoio do hélice. Preso ao casco do navio, ainda estão parte do leme, a cana e volante do leme. Junto a esses destroços, está caído parte de um mastro.
Ao lado da popa, em direção ao fundo, começam os ferros do navio, o que indica que o navio deve ter adernado antes do naufrágio.
A frente da popa existe um guincho caído de cabeça para baixo e a seu lado dois cabeços de amarração.
No centro dos destroços podemos seguir o eixo; já segmentado e parcialmente torto, não existe hélice. O eixo corre por cima de outros destroços até alcançar as máquinas junto ao reversor.
A máquina, do tipo Triple Expansion Engine está tombada por estibordo e dois de seus cilindros estão quebrados, mostrando em seu interior partes do pistão e biela; as bielas ainda estão ligadas ao eixo excêntrico.
Grande quantidade de casco e cavername espalham-se em torno das máquinas. Ao lado do eixo, pouco antes das máquinas, está um guincho de carga.
Ao lado e a frente das máquinas existem 3 grandes caldeiras aquatubulares. Uma delas está isolada e apresenta as 3 fornalhas viradas para cima, ainda com parte das tampas no lugar. As duas demais estão afastadas cerca de 10 metros; uma está de pé e outra de lado, já com parte da couraça destruída. Algumas válvulas de pressão podem ser vistas próximo daí.
Ao lado das caldeiras existe um guincho de carga ainda totalmente montado e a seu lado mais um cabeço de amarração.
Muitas das partes dos destroços parecem ser cobertas e descobertas pela areia de acordo com o movimento das marés e correntes.

  (L)Fornalhas da caldeira  (L)Guincho de carga   (L)Guincho de carga e eixo

Apoio & Agradecimentos:
Atlantis Divers

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