Sumário
Histórico
Histórico
O Aymoré foi construído em 1883 pelo estaleiro Armstrong Mitchell & Co, de Newcastle (Inglaterra). Em 1886 foi vendido para a Companhia Nacional de Navegação a Vapor do Rio de Janeiro, por onde navegou até 1890, quando foi vendido ao Lloyde Brasileiro.
Em julho de 1920 o Aymoré retornava de uma viagem excepcional a Montevidéu (Uruguai), em substituição ao paquete Sírio, que rotineiramente fazia esta rota, o Aymoré deveria seguir viagem até o porto de Recife, PE.
Naufrágio
Ao entrar no canal sul de São Sebastião, SP. às duas horas da madrugada do dia 23 sob forte nevoeiro, acabou trepando sobre as rochas da Ponta do Ribeirão (Ilhabela), onde ficou encalhado. Imediatamente o comandante do Aymoré, Alfredo Cézar Botelho, comunicou-se por rádio-telégrafo com o agente do Lloyde de Santos, avisando do sinistro e solicitando auxílio imediato.
Rapidamente medidas foram tomadas. A captania dos portos enviou o rebocador Santa Catharina. O escritório do Lloyde Brasileiro contratou os serviços do rebocador Wilson e ordenou a partida do vapor Avaré para o local a fim de auxiliar no socorro.
O paquete Laguna foi equipado com escafandristas e operários seguindo para prestar os devidos socorros.
Pelo telégrafo, o Laguna, informou ao escritório do Lloyde que o paquete Aymoré havia sofrido diversas avarias e estava em difícil situação. O paquete permaneceu encalhado, com as bombas do navio funcionando e dando vazão à água que invadiu um de seus porões. Estava adernado, e com a popa quase toda mergulhada.
O vapor Avaré recebeu os seis passageiros do Aymoré, assim como suas malas postais e diversas bagagens seguindo para Santos. O Laguna, começo a retirar parte da carga do Aymoré, passando-a a outras embarcações e alijou a que já se encontrava deteriorada.
Apesar dos esforços de resgate, alguns dias depois o Aymoré naufragava definitivamente.
(L)Ilustração aproximada da configuração do Aymoré
(L) O naufrágio estende-se para a direita, no final do grande píer da Ponta do Ribeirão
(L)
Dados básicos
Dados de localização
Dados técnicos
Descrição
Descrição
O navio encontra-se paralelo ao costão. Sua proa está a menos de um metro de um dos pilares do píer, nesta região podem ser vistos s dois escovéns o reforço de proa, um grande guincho, parte das correntes e algumas ferragens da proa, diversos turcos estão caídos aí. Atrás do guincho são visíveis algumas cavernas parte do casco e dois cabeços de amarração.
A cerca de 15 metros da proa, pode ser encontrada a duas caldeiras, já com sua couraça rompida, são visíveis as fornalhas e parte do trocador de calor, posicionada no centro dos destroços, junto dela existem dois condensadores menores e outras peças do serviço de vapor. Existem vestígios de ter existido explosão de uma das caldeiras.
(L) Um dos cilindros das máquinas a vapor
(L) Fornalhas das caldeiras já rompidas
(L) Escovéns juntos ao píer
(L) Um dos dois condensadores
(L) Trocador de calor das caldeiras
(L) Um dos guinchos do Aymoré
Seguindo-se na direção da popa, pode ser notado o esqueleto da embarcação, com muitas cavernas alinhadas. No centro, estão as máquinas, com virabrequins, pistões, camisas e parte do eixo, algumas ainda mantendo o contato original. Entorno do centro da embarcação estão muitas ferragens, costados, muradas, turcos e partes de paus-de-carga.
O eixo prossegue para a popa, apoiado sobre mancais, e ao longo dele existem muitas partes enterradas e descobertas. O eixo penetra no casco, ainda inteiro da popa, que mantém sua integridade. O encaixe do leme, permanece em sua posição original, enquanto o leme está caído a bombordo; o hélice permanece no local, porém suas pás foram cortadas.
No final dos destroços por trás da popa existe um grande cunho do guincho de popa e se destaca o grande volante do leme.
(L) Arco do hélice
(L) Parte do eixo, flanges e mancais tão característicos do naufrágio
(L) Eixo de manivela na base das máquinas
(L) (L) Hélice sem as pás cortadas
(L) Volante do leme
(L) Hélice e leme