CAMBOINHAS

Sumário

Histórico

Histórico
O Camboinhas vinha da Argentina já apresentando muitos problemas durante a viagem. Na altura da Restinga da Marambaia as máquinas pararam e o navio teve de ser rebocado pelo Rebocador Falcão. Na quarta-feira (27.05) o cabo de reboque partiu e devido a forte ventania o Camboinhas acabou por encalhar na praia de Itaipú (hoje, esta parte da praia é chamada de Camboinhas), na cidade de Niterói, RJ.Trident, Triunfo e Comanadante Dorat, além dos navios Imperial Marinheiro e Solimões.Para tentar o desencalhe, foi enviada a Corveta V 20 (Angostura), da Marinha do Brasil, porém, esta corveta acabou por encalhar na mesma praia.
Mas uma tentativa foi feita, utilizando-se outro vapor argentino, da mesma companhia de navegação do Camboinhas, provavelmente o Borocacha tendo este o mesmo destino dos dois navios anteriores.
Enquanto isso, o mau tempo castigava o casco e casaria do Camboinhas, inclusive derrubando sua chaminé.
Apesar do tempo, o segundo vapor e a corveta Angostura (V 20) da Marinha do Brasil conseguiram se safar. Um terceiro navio tentou o socorro, era o rebocador Tridente, que também acabou por encalhar na mesma praia. As fotos da época mostram, em dado momento, três navios encalhados.
Com a melhora do tempo, e a ajuda de cinco navios e uma draga a Angostura e o Tridente foram desencalhados, porém o Camboinhas já estava perdido, com o casco totalmente a mostra e partido. Assim decidiu-se pelo seu sucateamento. Para isso, construiu-se uma acesso a praia que existe até os dias de hoje.

 

(L) Em primeiro plano encalhado na praia o Camboinhas, no segundo plano,
também encalhado na praia, pode ser vista a Corveta V 20 (Angostura).
Ao largo, dois rebocadores da Marinha do Brasil que prestaram socorro

      (LLL) A esquerda o vapor Camboinhas. A direita, detalhe da Corveta V 20 (Angostura) que também acabou por encalhar.

A foto de 05.06.1958, gentilmente cedida, mostra em primeiro plano o Sr. Enos Doria (de chapéu), na época com 9 anos

 

 

 

 

 

Dados básicos

Nome do navio: Camboinhas
Data de afundamento: 28.05.1958

Dados de localização

Local: Niterói
UF: RJ
País: Brasil
Posição: Praia de Camboinhas. Entorno de 350 metros da praia de Itaipú.
Latitude: 22° 57.657′ sul
Longitude: 043° 03.676′ oeste
Profundidade mínima: 0 metros
Profundidade máxima: 05 metros
Condições atuais: desmantelado e enterrado

Dados técnicos

Nacionalidade: argentina
Estaleiro: Sunderland Shipbuilding Co. Ltd., Inglaterra
Armador: Companhia de Navegação Pan Americana
Deslocamento: 4.129 toneladas
Comprimento: 110,9 metros
Boca: 15,5 metros
Tipo de embarcação: cargueiro
Material do casco: aço
Carga: em lastro
Propulsão: motor diesel
Motivo do afundamento: encalhe

Descrição

Descrição
Hoje, muito pouca coisa resta do Camboinhas no local do naufrágio, pois a maior parte do navio foi sucateada e removida em uma operação de resgate logo após o acidente.
Segundo informações, a abertura de uma estrada para essa operação auxiliou ao desenvolvimento e ocupação futura da praia, hoje muito bem urbanizada.
Na década de 70, mais uma operação retirou restos dos destroços, para evitar ferir os banhistas que passaram a frequentar a praia.
Após períodos de ressaca e na maré baixa, alguns ferros ainda emergem da areia na área de arrebentação. Por isso, a sociedade do bairro (SOPRECAM) instalou no acesso à areia, placas alertando os banhistas para o perigo de alguns destroços.

 

(L) As placas de alerta da soprecam indicam o local dos destroços evitando

acidentes nos poucos destroços que restaram junto à arrebentação

 

(L)  Da posição do Camboinhas vemos ao fundo as Ilhas do Pai e da Mãe, na entrada da Baía de Guanabara

 

(L) O que resta dos destroços (2023) do Camboinhas

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