Sumário
Histórico
Histórico
A fragata inglesa H.M.S. Thetis, era um navio coletor de impostos da coroa britânica. Viajava de volta à Inglaterra, partindo da Bacia do Rio da Prata, com escala no Rio de Janeiro.
Durante uma noite de forte tempestade, ao se aproximar do Cabo Frio, o navio foi violentamente lançado contra os íngrimes costões rochosos do Focinho do Cabo, na ilha de Cabo Frio, atualmente Arraial do Cabo (RJ).
Os danos foram tão grandes que o navio já começava a afundar. O capitão ordenou que os escaleres fossem postos na água e que rebocassem o navio para uma enseada escarpada, conhecida hoje como Saco dos Ingleses (enseada ao lado da Gruta Azul), onde o veleiro acabou por afundar.
(L) HMS. Winchester, construída em 1822,
era uma fragata similar a Thetis
O resgate da Fragata Thetis
Após o naufrágio, os ingleses organizaram uma operação de resgate do tesouro de mais de $810,000 em barras de ouro e prata. Comandada pelo capitão inglês Thomas Dickinson, foram recuperados 15/16 de todo o tesouro da Thetis. Com partes dos mastros do próprio navio e um sino de mergulho, Dickinson construiu um guindaste para ajudar a erguer o sino de mergulho, feito com uma grande caixa d’água de cobre. A partir dela escravos “mergulhadores” trabalhavam nas gélidas águas de Arraial do Cabo, para lentamente erguer parte do tesouro.
Pelo menos $750.000 foram levados de volta a Inglaterra e confiscados pelo governo inglês.
Em 1978/79 foi realizado outro trabalho de escavação na área, sob o comando de Robert Stenuit e Deni Albanese, na embarcação Presmar, durante este trabalho também foram resgatados muitos bens. Alguns cálculos, considerando os números oficiais do resgate, avaliam que ainda tenha sido deixado na fragata Thetis algo em torno de 1,6 toneladas em metais como outo e prata.
(L) Sistema de elevação do sino de mergulho
construído para a operação
(L) Local do naufrágio da Fragata Thetis em 1986 e em 2001
Na primeira foto (de maio 1996) podemos ver a rampa construída pelos ingleses para levar o material salvo até o alto do morro. Na segunda foto (fevereiro de 2001) podemos ver toda a enseada dos ingleses e árvores crescendo na rampa (detalhe na segunda foto, maio 1996).
O tesouro, extraído por mergulhadores que utilizavam o sino, construído com uma grande caixa d’água de cobre, era depositado em carroças, na base da rampa. a carga então era puxada para o alto do morro, por parelhas de burros.
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Especial do resgate da fragata thetis