Sumário
Histórico
Na sexta feira 08.02.2017 três rebocadores Bellatrix, Phoenix e São José foram afundados propositalmente como recife artificial no PNAPE – Parque de Naufrágios Artificiais de Pernambuco. O virgo estava previsto para ser afundado no mesmo dia. Porém, dificuldades técnicas adiaram o afundamento deste quarto rebocador para o dia 16.
Rebocadore: Lupus, Mercurius, Minuano, Saveiros, Servemar X, Taurus e Walsa
A diferença em relação as operações anteriores é que os três rebocadores foram posicionados no mesmo ponto, distantes apenas em poucos metros.
O Bellatrix, semelhante ao Phoenix afundado no mesmo dia, é uma embarcação de 30 metros de comprimento e está apoiada sobre um fundo na faixa dos 30 metros.
Essa operação que colocou no fundo os três rebocadores naufrágio foi uma realização da AEMPE – Associação das Empresas de Mergulho do Estado de Pernambuco juntamente com a empresa Wilson, sons e parceria com as universidades UFPE e UFRPE.
Para o procedimento foram obtidas toda a documentação necessária.
As autorizações foram concedidas pela Marinha do Brasil, CPRH (órgão ambiental de Pernambuco) e IBAMA, que emitiu a Licença de Instalação seguindo a Instrução Normativa 125/2006.
Preparação
A Empresa Wilson, sons há vários anos têm contribuído significativamente com o apoio e doação de embarcações desativadas, em especial ao Sr. Hélio Vaisman que conseguiu viabilizar essas doações e ao Sr. José Mário Lobo que teve um papel importante na preparação e limpeza do rebocador para afundamento além da logística de reboque.
O projeto teve o apoio da Marinha do Brasil que analisou e autorizou o afundamento, a Equipe de pesquisadores da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco e UFRPE – Universidade Federal Rural de Pernambuco, que realizaram o Estudo de Impacto Ambiental, Projeto Científico e de acompanhamento nos próximos anos. e muitos mergulhadores de Recife que participaram do dia da limpeza no rebocador.
O projeto contou com a importante participação do Biólogo Henrique Maranhão, que é profissional responsável pelo projeto ambiental dos afundamentos.
(L) O reboque do Virgo e a poita que fixou o rebocador em seu ponto de afundamento
Afundamento
Estava previsto o afundamento de quatro embarcações, porém motivos técnicos adiaram o afundamento do rebocador Virgo para uma próxima etapa.
O reboque começou com mar muito calmo e bastante sol. Os rebocadores chegaram ao ponto previamente definido pelos estudos. As embarcação foram afundadas uma de cada vez por abertura das válvulas de fundo e assim o São José o Phoenix e o Bellatrix desceram suavemente deixando apenas uma mancha de espuma na superfície, as três embarcações atingiram o fundo e permaneceram em posição de navegação. A experiência dos afundamentos anteriores e o trabalho bem feito culminaram em naufrágios perfeitos.
Como já havia acontecido no Walsa, foram colocadas filmadoras para obter registros subaquáticos dos afundamentos.
Poucos minutos depois do naufrágio a área foi liberada realizado os primeiro mergulhos. A água permaneceu limpa, com pouca de suspensão abaixo do convés causado pelo impacto do afundamento.
(L) (L) (L) (L) (L) (L) Com o mar calmo as diversas fases do afundamento do rebocador Virgo. O naufrágio foi posicionado a poucos metros do rebocador Taurus
Dados básicos
Dados de localização
Dados técnicos
Descrição
O naufrágio está apoiado no fundo em sua posição de navegação. Nos dois bordos da proa existem grandes cabeços de amarração. O casario está praticamente inteiro coma sala de comando na parte superior.
A chaminé foi removida antes do afundamento.
Na popa ainda não existe mais a barra de suporte do cabo de reboque e o gato foi removido. A sala de máquinas está aberta para o convés. O tubo do hélice está presente inclinado para bombordo, mas o hélice foi retirado.
(L) Apoiado no fundo o Virgo está a 9 metros do Taurus
(L) A popa do rebocador Virgo está toda limpa e junto ao fundo o tubo do hélice
O Taurus, outro rebocador afundado no programa de recifes artificiais de Recife, afundado em 03.05.2006, está posicionado a cerca de 9 metros da proa do naufrágio do Virgo.
Nossos agradecimentos ao amigo José Mario Lobo e Mario Coutinho