WALSA

Sumário

Histórico

Histórico

O rebocador Walsa é o décimo naufrágio artificial de Pernambuco e o oitavo na região de Recife.
Esse novo naufrágio artificial amplia o PNAPE – Parque de Naufrágios Artificiais de Pernambuco. Este rebocador, semelhante ao Saveiros e Mercurius afundados no ano de 2006 é uma embarcação de 29 metros de comprimento e foi afundada na faixa dos 40 metros, mais fundo do que os rebocadores anteriores, para valorizar atividades de Mergulho Profundo e Técnico.

Esse naufrágio foi uma realização da AEMPE – Associação das Empresas de Mergulho do Estado de Pernambuco juntamente com a empresa Wilson, sons e parceria com as universidades UFPE e UFRPE.
Para o procedimento foram obtidas toda a documentação necessária.
As autorizações foram concedidas pela Marinha do Brasil, CPRH (órgão ambiental de Pernambuco) e IBAMA, que emitiu a Licença de Instalação seguindo a Instrução Normativa 125/2006.

 

(L) (L) O Walsa é um rebocador semelhante ao Saveiros e ao Mercurius também afundados

Preparação
A Empresa Wilson, sons há vários anos têm contribuído significativamente com o apoio e doação de embarcações desativadas, em especial ao Sr. Hélio Vaisman que conseguiu viabilizar essas doações e ao Sr. José Mário Lobo que teve um papel importante na preparação e limpeza do rebocador para afundamento além da logística de reboque.
O projeto teve o apoio da Marinha do Brasil que analisou e autorizou o afundamento, a Equipe de pesquisadores da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco e UFRPE – Universidade Federal Rural de Pernambuco, que realizaram o Estudo de Impacto Ambiental, Projeto Científico e de acompanhamento nos próximos anos. e muitos mergulhadores de Recife que participaram do dia da limpeza no rebocador.

     (L) O Walsa já no local do afundamento, pouco antes do início da submersão

Afundamento
O reboque do Walsa começou às 06h25 com mar muito calmo e bastante sol. Eram 08h45 quando o rebocador chegou ao ponto previamente definido pelos estudos. As válvulas de fundo foram abertas e, às 9h55 a embarcação afundou, atingindo o fundo e permanecendo em posição de navegação. A experiência dos afundamentos anteriores e o trabalho bem feito culminaram em um naufrágio perfeito.
Foram colocadas duas filmadoras na proa a popa para afundar junto com o rebocador, e com isso se conseguiu registros inéditos de um afundamento no Recife.
Poucos minutos depois do naufrágio a área foi liberada realizado os primeiro mergulhos. A água permaneceu limpa, com pouca de suspensão abaixo do convés causado pelo impacto do afundamento.

 

   (L) Sequência dos momentos finais do Walsa na superfície

 

 

Dados básicos

Nome do navio: Walsa
Data de afundamento: 28.05.2009

Dados de localização

Local: Recife
UF: PE
País: Brasil
Posição: 19 quilômetros da costa, em frente a Recife
Latitude: 08° 07. 646′ sul
Longitude: 034° 41.475′ oeste
Profundidade mínima: 31 metros
Profundidade máxima: 42 metros
Condições atuais: inteiro

Dados técnicos

Nacionalidade: brasileira
Ano de fabricação: 1968
Estaleiro: Mac Laren Ltda
Armador: Wilson, sons
Deslocamento: 183,5 toneladas
Comprimento: 21 metros
Boca: 7,4 metros
Tipo de embarcação: rebocador
Material do casco: aço
Carga: vazio
Propulsão: motor diesel
Motivo do afundamento: formação de um recife artificial

Descrição

Descrição
O Walsa encontra-se pousado corretamente no fundo, ligeiramente adernado para bombordo. Sua estrutura está praticamente inteira, porém o espelho de popa apresenta um grande amassado, provavelmente pelo impacto com o fundo durante o naufrágio, já que o rebocador afundou de popa.
Na proa existe uma corrente presa a um cabeço de amarração quebrado, ela foi utilizada para fixar o navio durante as operações de afundamento. Não existem mais sinais do guincho. Duas estivas dão acesso ao porão de proa.
O casario de dois pavimentos, está praticamente integro, porém sem as portas, janelas e muradas.
No meio do navio, passagens permitem cruzar a embarcação de um lado ao outro.
O compartimento do motor possui uma grande abertura que o liga ao convés. Da sala de máquinas foram retiradas todas as peças importantes, assim como o maquinário, lubrificantes, diesel, fios elétricos fibra de vidro e outros contaminantes.
Na popa, embora o hélice no tubo e o leme, ainda estejam no local, virados para bombordo, na casa do leme está à maior deformação do navio devido ao impacto com o fundo.
O convés está limpo sem os deslizadores de cabo e o gato de reboque.
O naufrágio tem excelente condição para os treinos de mergulho profundo.

(L) Vista de proa da cabine de comando.
O nome Walsa ainda aparece no costado de estibordo

(L) Visão da popa, o hélice pousada a 42 metros

(L) Vista de popa da chaminé e casaria

 

Nossos agradecimentos aos colaboradores da matéria

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