Naufrágios de Chuuk Lagoon
Texto e fotos: Mauricio Carvalho
Amagisan Maru

República da Micronésia – Pacífico

Nos anos 1930 navegou regularmente na rota do Japão a New York através do canal de Panamá.
Quando se iniciaram os conflitos japoneses na 2ª guerra mundial o Japão passou a requisitar os navios de carga para sua marinha. Em novembro de1941 o Amagisan Maru (Maru significa navio cargueiro) foi colocado a serviço da marinha japonesa como transporte especial e ao longo da guerra sofreu diversos ataques, com severos danos, passando por reparos e voltando a navegar.
Em fevereiro de 1942, fora da ilha de Davao (Filipinas), sofreu danos devido ao ataque de torpedo do submarino americano USS Swordfish. Em agosto de 1943, no cais de abastecimento em Balikpapan (costa oriental de Bornéu), foi bombardeado por um B-24 com impacto na altura mastro de proa e sala de comando, matando seu comandante, um tripulante e ferindo gravemente outros. Em outubro de 1943, fora de Rabaul (Nova Guiné), foi atingido por um torpedo no porão número seis, o que causou inundações.
Dimensões: 138,38 x 18,29 X 11,31 metros – Tonelagem bruta: 7.620 toneladas
Construção: 1933, Mitsui Bussan Kaisha, Tóquio – Tipo: misto de carga e passageiros
Máquinas: 1 motor diesel, 6 cilindros, Mitsui Bussan K, 123 n.h.p., uma hélices, 16 nós
Armamento: 2 canhões 150 mm
O Ataque
No dia 17 de fevereiro de 1944, quando a operação Haistone se iniciou, o Amagisan Maru estava ancorado na extremidade sul do ancoradouro a oeste da ilha de Uman, entre as ilhas Fefan e Uman em ChuuK Lagoon descarregando.
Sua carga era variada e incluía: caminhões, toneis de combustível de aviação, peças de avião e um avião L2D Nakajima.
Logo na primeira investida americana foi atacado por cinco bombas de 1.000 libras das aeronaves Curtis Helldiver e quatro torpedos dos aviões Avenger e Grumman do USS Bunker Hill.
Uma bomba de 1.000 libras e dois torpedos o atingiram a vante, junto ao porão número três (foto) e a ré, incendiando seu óleo combustível. Dentro de 15 minutos do ataque ele estava queimando ferozmente e afundou em menos de quinze minutos pela proa.
Mapas segundo Daniel E. Bailey – World War II Wrecks of Truk Lagoon,
2000 North Valley Diver Publication
O Avião Nakajima “Tabby”, uma cópia do Douglas DC3
O Douglas DC-3
Avião bimotor fabricado pela empresa americana Douglas Aircraft Company. Começou a ser produzido em 1936, revolucionando o transporte de passageiros nas décadas de 1930 e 1940.Dimensões:
Medidas: 19,60 metros de comprimento X 28,95 metros de envergadura
Peso vazio: 7 700 kg (17 000 libras) X
Peso carregado: 11 430 kg (25 200 Libras) – Transportava 21 passageiros.
Propulsão: 2 Motores de 9 cilindros radiais a pistão (Wright R-1820 Cyclone) ou 2 de 14 cilindros radiais à pistão (Pratt & Whitney R-1830-92).
Velocidade máxima: 370 km/h e Autonomia de 3.420 km (2.130 milhas).Em fevereiro 1938 a empresa japoneses Showa / Nakajima firmou um contrato com a empresa Douglas para obter o licenciamento para a construção de versões domésticas do DC-3.
Eles foram chamados de L2D ou simplesmente “Tabby – Nakajima”. O avião acabou sendo produzido em massa e utilizado pelos japoneses como transporte militar.
Mergulho – Profundidade: de 30 a 58 metros
Foi localizado em 1973 e é um dos maiores navios da laguna de Chuuk. Ele repousa sobre a quilha com uma inclinação suave de 45° e vai da proa, a 30 metros à popa, bastante danificada, a 58 metros. Sua superestrutura e chaminé estão a 30 metros.
Nas plataformas de proa e popa existem canhões de 150 mm. Caído a bombordo na areia, na altura do porão Nº 1. está o chassis de um caminhão-tanque já bastante danificado.
Nos porões 1 da proa estão caminhões, bicicletas e um carro de transporte de tropas. No porão Nº 2 de proa está desmontado um uma aeronave de transporte. Trata-se de um Tabby Nakajima – uma cópias do Douglas DC-3, construída sob licença pela empresa japonesa Showa e Nakajima
No porão 2 existem pilhas de tonéis de 200 litros, segundo indicação de combustível de aviação. No casco de boreste, a frente da ponte de comando existe um enorme rombo do torpedo que liga-se ao porão 3. Em volta do casco também existem os característicos cabos de desmagnetização de proteção contra minas, presentes em muitos dos navios japoneses afundados em Chuuk Lagoon.
Os porões 4 e 5 estão quase vazios. No convés da superestruturas podem ser vistos turcos de bote salva-vidas.
Entre suas características mais interessantes está a casa do leme.
Amaginsa Maru
Medidas – 138,38 metros / 7.620 toneladas
Construção: 1933
Afundamento – 17.02.194
Canhões de 150 mm guarneciam a proa e a popa
No porão 2 existem pilhas de tonéis de 200 litros, segundo indicação de combustível de aviação. No casco de boreste, a frente da ponte de comando existe um enorme rombo do torpedo que liga-se ao porão 3. Em volta do casco também existem os característicos cabos de desmagnetização de proteção contra minas, presentes em muitos dos navios japoneses afundados em Chuuk Lagoon.
Os porões 4 e 5 estão quase vazios. No convés da superestruturas podem ser vistos turcos de bote salva-vidas.
Entre suas características mais interessantes está a casa do leme.
A proa mostrando a inclinação do navio
No casco, ao lado do casario central, podem ser vistos os cabos de desmagnetização que protegiam das minas magnéticas
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Instrutor: Maurício Carvalho – 30 anos de experiência – Especialidade levada a sério!
No porão Nº 1 os muitos toneis de combustível de aviação
No interior dos porões ainda existem muito equipamento
Guincho de proa à frente do canhão
Os paus-de-carga dos mastros estão apoiados no fundo
Guincho de proa à frente do canhão
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