Naufrágios de Chuuk Lagoon
Texto e fotos: Maurício Carvalho
Nippo Maru

República da Micronésia – Pacífico

Em 1941, a marinha japonesa requisitou o navio para o transporte de água para abastecimento de suas ilhas no Pacífico e cumprir essa função foram instalados em seus porões tanques de água.
Em 1942 o navio foi incorporado a 6ª Força naval japonesa e fez diversas viagens entre as ilhas de Jaluit (Ilhas Marshall), Ponape (atual Pohnpei – Miconésia), Kusiae (Micronésia), Saipan (maior das Ilhas Marianas) e Kwajalein (Ilhas Marshall).
Dimensões: 117 x 11.5 X 11 metros – Tonelagem bruta: 5.831 toneladas
Construção: abril de 1919, Kawasaki Dockyard Co. Ltd., Kobe
Tipo: cargueiro de três castelos – classe Taifuku Maru – Máquinas: 1 vapor tripla expansão, 440 n.h.p. 1 hélice, 11 nós
Armamento: 1 canhões de 75 mm na proa
O Ataque
Estacionado em Chuuk transportava água da ilha de Dublon para as instalações militares nas ilhas periféricas do atol onde a água doce era escassa. Além disso, realizava abastecimento geral transportando no período do ataque munição, caminhões e tanques que deveriam suprir as ilhas para resistir, segundo os japoneses, a uma invasão americana eminente.
Em 10 de fevereiro de 1944 chegou a Chuuk Lagoon. Em 17 de fevereiro o Nippo Maru estava ancorado no extremo norte da ilha de Dublon, quando foi atacado por aviões TBF Avenger do porta aviões Essex, sendo atingido por uma salva de três bombas de 500 libras, que o acertaram no convés de popa, causando danos pesados e um forte incêndio, que acabou por provocar o naufrágio duas horas depois do impacto.
O naufrágio foi localizado em 1969 pela expedição do oceanógrafo francês Jacques Cousteau na posição de latitude 7° 22′ 57.3″ norte e longitude 151° 54′ 37.0″ leste (datun WGS84).
Mergulho – Profundidade: de 24 a 43 metros

Esta assentado sobre a quilha adernado em 45° para bombordo de sua posição de navegação. A superestrutura encontra a 27 metros, o convés está a 36 metros com o fundo a 47 metros.
Na proa está um grande guincho e a plataforma do canhão, porém este não existe mais.
Na altura do porão 1 há a bombordo um chassi de caminhão com rodas e motor pendurado na murada e outro caído no fundo. No interior do porão 1 existem minas, detonadores, granadas de artilharia, tanques de água, máscaras de gás, tambores de óleo e substâncias cáusticas além de muitos artefatos (cartuchos, detonadores, munições de rifle).
Caídas no fundo a bombordo existem duas metralhadoras antiaéreas e outra a frente do casario a boreste.
Projéteis de canhão no primeiro porão – Grande quantidade de cartuchos para a munição do canhão de proa
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Instrutor: Maurício Carvalho – 30 anos de experiência – Especialidade levada a sério!
Embora os gases venenosos não tenham sido amplamente utilizados na Segunda Grande Guerra como foram na Primeira, mascará contra gases estão presentes em grande quantidade em todos os naufrágios de Chuuk
Entre o primeiro e o segundo porão existem um telêmetro, equipamento utilizado para garantir a mira precisa para os tiros dos canhões
Turcos dos escaleres de boreste mostrando a inclinação do navio
Cabine de comando com o telégrafo de máquinas e o timão. O aro de bronze permanece embora a madeira já tenha sucumbido
Metralhadoras antiaéreas caídas junto ao casario, protegiam a cabine de comando
Tanque tipo 97 (Chi-Ha) no convés de bombordoao lado da estiva do porão 2
Peso: 15 toneladas, – Motor: Mitsubishi diesel V 12. refrig. a ar – Velocidade: 24 m.p.h. Blindagem: de 0,31 a 1,0 pol.
Armamento: 1 canhão (57 mm) e 2 metralhadoras (7.7 mm) – Tripulação: 4 homens
Chassi de caminhão preso a murada de bombordo
Três canhões anti tanque de 47 mm, estão posicionados a boreste
do lado da estiva do porão 4 logo atrás do casario