Naufrágios do Mar Vermelho
Texto e fotos: Maurício Carvalho
Rosalie Moller
Mar Vermelho – afundamento 08.10.1941
Oeste de Gubal Sheghir – Egito
Posição: lat. 27°.39′.03 N e long. 033°.46′.17 E
Principais naufrágios do Mar Vermelho
Carnatic, Chrisoula K, Dunraven, El Minya, Giannis D, Kimon M, SS.Kingston, Salem Express, SS. Thistlegorm, Ulyssis, Umbria (Sudão).
Outros Naufrágios
Almirante Barroso, Aida, Barge, Blue Bell (Sudão), Carina, Cedar Pride (Jordânia), Jolanda, Numidia, Précontinente II (Sudão)
HistóricoO Rosalie Moller era um grande cargueiro a vapor com 108,2 metros de comprimento e 3.963 toneladas, construído nos estaleiros da Barclay Curle & Co. em Glasgow na Escócia para a famosa companhia Booth S.S.Co Ltd de Liverpool.
Foi lançado em 12 de dezembro de 1909 com o nome original de Francis, suas máquinas de tripla expansão permitiam uma velocidade máxima de 11 nós.
Em 1910 foi vendido a Booth Steamship Company e, com seus grandes porões foi utilizado para transportar carvão em toda a Grã-Bretanha e ao longo das costas da Europa, inclusive durante a 1ª Guerra Mundial.
Em março de 1931 o navio foi vendido à companhia Lancashire Moller Ltd. sendo rebatizado Rosalie Moller. Nessa nova armadora ficou baseada em Xangai e percorrendo a rota da China, entregando cargas de carvão aos principais portos e vapores que percorriam as rotas costeiras.
Com o cenário da 2ª guerra se estabelecendo e conflito com a Alemanha parecendo inevitável, o navio foi requisitado pelo Ministério do Transporte da Guerra (MoWT), para abastecimento militar.
Devido ao desgaste de 32 anos de atividade, o navio, ela recebeu uma revisão em julho de 1941. O cargueiro continuou a operar como navio mineiro, entregando carregamentos de carvão em águas britânicas e ocasionalmente até o sul de Gibraltar.
Com o endurecimento dos combates no Mediterrâneo, houve um aumento das necessidade de carvão para os navios aliados envolvidos no conflito e seus portos de abastecimento.
Em agosto de 1941, o Rosalie Moller foi designado para entregar uma carga 4.680 toneladas de carvão no porto de Alexandria, porém devido aos riscos da navegação no Mediterrâneo provocada pelo domínio aéreo alemão a partir das bases da ilha de Creta, foi escolhida a rota mais longa circundando a África, subindo pelo Mar Vermelho e atravessando o Canal de Suez.
Sob o comando do capitão James Byrne, o Rosalie Moller partiu para o sul sem escolta seguindo pelo Atlântico em direção ao Cabo da Boa Esperança, chegando a Durban, na África do Sul, no começo de setembro.
No dia 11 de setembro partiu, navegando ao longo da costa leste da África, parando em Aden, seguindo para o norte com destino ao caminho de Suez e destino semelhante ao Thistlegorm.
Dimensões: 108,2 x 15 X 7,6 metros e 3.963 T
Construção: 1909, Francis na Barclay Curle & Co., Glasgow, Escócia
Tipo: cargueiro a vapor a vapor
Máquinas: vapor – tripla expansão, um único eixo, velocidade de 11 nós
Armador: Booth S.S.Co Ltd, Liverpool, Inglaterra
Carga: 4.500 toneladas de carvão
Bombardeiro alemão Heinkels 111
O recife de Sha’ab Abu Nuhas vitimou muitos navios
Mergulho – Profundidade: de 18 a 40 metros
O naufrágio está apoiado pela quilha no fundo, perfeitamente equilibrado e com toda a estrutura de convés e mastros ainda preservados em seus lugares. A proa está a cerca de 40 metros e leme e hélice a 45 metros.
No convés de proa a 35 metros estão, guinchos, turcos, cabeços de amarração, escovéns e correntes ainda em perfeitamente conservados em seus locais de uso. Logo atrás estão as entradas do porões nº 1 e nº 2 ainda com os estrados que cobrem as escotilhas. Entre eles guinchos e o mastro que atinge 17 metros de profundidade.

O casario central está parcialmente preservado. Da ponte de comando só resta a estrutura, leme telégrafos e outros equipamento foram removidos. A chaminé desabou, está quebrada e deitada de um lado, completa e ainda com o emblema da Linha Moller. Atrás do casario estão as entradas do porões nº 3 e nº 4 ainda com os estrados que cobrem as escotilhas. Entre eles guinchos e o mastro que atinge 18 metros de profundidade.
No deck a boreste, já atingindo parte do bordo está o grande rombo da bomba, que penetrou até o fundo do navio.
A popa mantém sua estrutura e leme e hélice de quatro pás estão apoiados no fundo a 45 metros.
É possível penetrar nos porões que possuem 2 níveis, porém resta pouco a ser visto, indicando que sua carga deve ter sido retirada. Segundo alguns autores existem algumas sacas de carvão (a informação é estranha pois, o carvão não era transportado em sacas). A visibilidade é geralmente muito baixa devido ao lodo na água e você pode esperar entre 10 m e 20 m. A corrente é normalmente suave.
O navio está completamente coberto de corais duros e moles com uma abundância de vida. Peixinho de vidro, barracudas, Tunas, Jacks, Trevallies, peixe-leão, garoupa e ocasionalmente tubarões de recife.
Shipwreck – Red Sea – Hurghada
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Living aboard pelo Mar Vermelho – Operação de mergulho da Coral de Fogo – Rio de Janeiro
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