Sumário
Histórico
O rebocador Atlas da companhia, Saveiros Camuyrano trabalhava na construção do emissário submarino de Ipanema transportando tubos de até 40 metros. No dia 03 de outubro de 1974 estava fundeado a cerca de 200 metros da praia de Ipanema durante a hora do almoço. Um forte vento sudoeste já soprava desde as primeiras horas da manhã. Subitamente romperam-se as amarras e sem que a tripulação conseguisse dar partida nas máquinas, segundo informes da época, porque cabos estavam presos ao hélice, acabou por encalhar entre as praias de Ipanema e do Arpoador.
Uma traineira de pesca e outro rebocador tentaram reboca-lo utilizando um cabo de nylon e orientado por um helicóptero da Secretaria de Segurança, porém logo na primeira tentativa o cabo arrebentou, não sendo mais possível o resgate devido a maré baixa.
No dia seguinte, durante a maré alta, ao ser rebocado por outro rebocador da mesma companhia, rompeu parte do fundo, fez água e acabou por afundar a cerca de 300 metros da praia.
Rebocador Atlas no dia do naufrágio
Ao fundo o antigo píer de Ipanema
Posição do Atlas da praia de Ipanema
Dados básicos
Dados de localização
Dados técnicos
Contorno da pedra da Gávea no ângulo do morro Dois Irmãos
Contorno do morro do Pão de Açúcar na quarta varanda do último prédio visto do Arpoador
Árvore entre os prédios da praia do Arpoador
Descrição
Pousado no fundo com a proa virada para alto mar. O casco ainda mantém a integridade limitando a embarcação e está muito enrolado por cabos e restos de redes.
A proa é curta e na sua extremidade está um grande cabeço de amarração, a seu lado a gaiuta do paiol de amarras e nas laterais mais dois grandes dois cabeços de amarração, com as aberturas de passagem de cabos. O grande guincho de proa se quebrou e está caído a bombordo da cabine dos alojamentos. A maior parte do costado de proa já caiu. No convés um pequeno casario baixo com seis escotilhas com vigias que iluminavam o porão; uma das escotilhas foi arrancada.
Toda a cabine está destruída, Mas ainda existe na pare e trás o acesso ao compartimento. Nada sobrou do casario, que parece ter sido na sua maior parte arrancado, talvez por uma rede, já que elas se encontram em grande quantidade por todo os destroços.
O resto do banheiro, ainda com o vaso sanitário e parte da cozinha estão soterrados por partes do mastro, que também pende á boreste na murada.
Acompanhe as mudanças do rebocador devido as redes que são passadas com frequência sobre os destroços
Comparando-se os dois croquis é possível ver a destruição da cabine
Cunho de proa, já com o casco rompido
Parte do guincho arrancado de seu local, caído a bombordo das gaiutas de proa
Passagem de cabo de boreste
Foto de 2023. O pouco que sobrou do casario
Foto de 2023. parte do mastro caído sobre o vaso sanitário
Moreia no que restou no fogão da cozinha
O gato de reboque, compartimento de motor e a popa pouco se modificaram, apenas parte da murada de bombordo é que já caiu.
Na popa, existe mais oito escotilhas com vigias e uma grande escotilha retangular que se abre para o compartimento do motor. No convés dois grandes cabeços de amarração nos bordos e um terceiro junto ao costado da popa. A popa está enterrada, não sendo possível ver o hélice e o leme, caído a bombordo está totalmente coberto por redes.
Em torno do casco existem alguns canos de PVC que se alojaram nos últimos anos (2023) também a boreste está caído um mastro e rede de voleibol, que deve ter sido deslocado para o mar em alguma ressaca, não pertencendo naturalmente ao naufrágio.
O sistema de gato de reboque sobre o compartimento do motor
Gancho do gato amarrado a boreste
Porta de entrada do compartimento do motor na popa
Visão da popa com muitas redes presas ao casco
Cabeço de amarração da popa
SINAU
Para mais informações, acesse o Sistema de Informações de Naufrágios - SINAU
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