IGEL (Navio do gás)

Sumário

Era um LCI (Landing Craft Infantary) construído nos Estados Unidos em 1944 e ex Correa Sena. Na época do naufrágio pertencia a Ceará Gás Butano. Deixou o porto de Salvador no dia 25 com uma carga de bujões de gás butano e deveria escalar em Caiçaras, RN. seguindo em direção a Fortaleza CE.
O navio enfrentou um forte temporal e ao clarear o dia, foi notada a ruptura do eixo, continuando o navio a viagem apenas com a máquina de boreste. Logo depois, verificou-se que o navio começava a fazer muita água. As bombas foram acionadas e tentou-se uma série de manobras de tamponamento para evitar a entrada da água sem efeito.
Como não era impossível impedir o afundamento, o capitão dirigiu o navio para a costa de Porto de Galinhas, PE. emitindo sinais de socorro e ancorou o navio antes de atingir uma restinga de pedras lá existente, pouco tempo depois o navio afundava.
Parte da carga de botijões de gás domésticos foi resgatada e outra parte saqueada por moradores locais.
O navio encontra-se a esquerda do centro de Porto de Galinhas, a cerca de 500 metros da praia, já fora da área de recifes rasos.

 

 

(L) Um LCI (Landing Craft Infantary)

(L) Vista aérea de Porto de Galinhas.
Em vermelho a posição do naufrágio

(L)Vista de Porto de Galinhas.
da posição do naufrágio

 

 

 

Dados básicos

Nome do navio: Igel
Data de afundamento: 29.05.1959

Dados de localização

Local: Porto de Galinhas
UF: PE
País: Brasil
Posição: A 500 metros da ponta sul da praia de Porto de Galinhas, entre os recifes
Latitude: 08° 31.106′ sul
Longitude: 035° 00.054′ oeste
Profundidade mínima: 06 metros
Profundidade máxima: 12 metros
Condições atuais: semi-inteiro

Dados técnicos

Nacionalidade: brasileira
Ano de fabricação: 1944
Estaleiro: (Estados Unidos)
Armador: Ceará Gás Butano
Deslocamento: 400 toneladas
Comprimento: 48,2 metros
Boca: 7,3 metros
Tipo de embarcação: LCT convertido em cargueiro
Material do casco: aço
Carga: bujões de gás
Propulsão: motor diesel
Motivo do afundamento: chocou-se com os recifes

Descrição

O navio está caído sobre estibordo, mantém a proa e popa ainda em bom estado de conservação, enquanto o meio do navio está totalmente partido, possivelmente devido a ação de resgate do motor e outras peças, que não foram encontradas nos destroços.
A proa, bastante inteira, possui uma projeção para lançamento de âncora, semelhante a existente em lanchas. Um grande guincho pode ser visto logo atrás desta peça, dois conveses de proa já estão unidos pela destruição do convés superior pelo tempo.
Seguindo-se para a popa, encontramos a entrada do primeiro porão; dentro dele, são encontrados, ainda arrumados em seus lugares, cerca de 60 bujões de gás do tipo industrial, que constituíam parte da carga do navio. Muitos deles ainda vazam e segundo os pescadores em dias de pouco vento pode-se sentir o cheiro de gás junto à superfície.
Um pouco mais atrás da estiva do 1º porão está o mastro de proa, ainda suspenso, com sua escada e estrutura de topo.
Para trás do 1º porão o navio encontra-se desmantelado. Neste ponto está a cabine de comando, que parece ter sido separada do resto do casario.
A popa mantém sua integridade apesar de parcialmente enterrada na areia fina do fundo, pode ser visto o eixo emergindo do casco e o pé de galinha que sustentava o hélice, que foi retirado. Uma chapa semi-enterrada pode ser o leme, mas não foi possível confirmar o fato.

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