LUPUS

Sumário

Histórico
Após um ano de preparação, o mergulhador Joel Calado, proprietário da escola de mergulho Projeto Mar de Recife, conseguiu um grande feito; o afundamento simultâneo de três rebocadores. Tudo feito de forma oficial e com todas as autorizações necessárias.
A equipe do Projeto Mar coordenou o evento no qual também participaram o Corpo de Bombeiros, o Ibama, a Capitania dos Portos de Pernambuco.
O Projeto Mar arcou com cerca de R$ 13.000,00 pagos a empresa Wilson & sons, dona dos três rebocadores, Servemar X, Minuano e Lupus.
Os rebocadores foram limpos de contaminantes, eliminando vestígios de óleo e outras substâncias quaisquer que pudessem se desprender e poluir o mar.

Com o amanhecer do dia lentamente um rebocador da Wilson & sons rebocou os três irmãos em sua última viagem, em direção ao local previamente escolhido, devido a suas correntes marinhas, profundidade e marés.
Afundado o Servemar X e o Minuano, o terceiro e maior dos rebocadores foi o Lupus.
Aberta as válvulas, 02:30 horas se passaram sem que o rebocador afundasse.
Temendo o entardecer, a equipe optou por empurrar pelo bordo o Lupus com outro rebocador, de forma que o navio adernasse e a água penetrasse no casco com mais velocidade. O artifício funcionou e em pouco tempo o Lupus afundou, pousando acerca de 36 metros.

    (l) Lupus ainda operando no porto do Rio e Janeiro
e agora totalmente colonizado

 

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(l) A proa do Lupus, já sem o reforço de proa

(l) A cabine de comando já começa a perder suas paredes

(l) Interior do convés de proa

v(l) O sistema de gato do rebocador permite o reboque e
a mudança de direção do rebocador, ajustando o
cabo de tração a direção da manobra

(l)A chaminé de boreste, ainda inteira – 2007

(l)A chaminé de boreste, já quebrada – 2024

 

 

 

Dados básicos

Nome do navio: Lupus
Data de afundamento: 18.01.2002

Dados de localização

Local: Recife
UF: PE
País: Brasil
Posição: A a 11,7 milhas da costa da praia de Boa Viagem, Recife
Latitude: 08° 09.791′ sul
Longitude: 034° 42.328′ oeste
Profundidade mínima: 30 metros
Profundidade máxima: 36 metros
Condições atuais: inteiro

Dados técnicos

Nacionalidade: brasileira
Ano de fabricação: 1955
Estaleiro: EMAQ. (Rio de Janeiro).
Armador: Wilson & Sons (Saveiros, Camuyrano S.A.)
Deslocamento: 29 toneladas
Comprimento: 33,45 metros
Boca: 7,3 metros
Tipo de embarcação: rebocador
Material do casco: aço
Carga: vazio
Propulsão: motor diesel
Motivo do afundamento: formação de um recife artificial

Descrição
O Lupus está apoiado sobre a quilha. Na proa existe um grande reforço utilizado para empurrar outros navios e dois cabeços de amarração. Ainda pode ser lido no casco o nome da embarcação.
A cabine de proa, no convés, possui duas portas ligando-se com uma sala. Deste compartimento podemos descer por uma escotilha para o porão de proa. Não há escadas e o porão está totalmente no escuro. Outra escotilha liga esta sala com a cabine de comando acima dela.

 (L) Vista das chaminés e casario

(L) Entrada para a sala de máquinas e a vista da popa

(L)As duas máquinas a diesel ainda em suas posições

no interior da sala de máquinas
Na cabine de comando podem ser vistos os restos do comando do leme e painéis elétricos.
Atrás da cabine de comando existem duas chaminé foi retirada juntamente com as máquinas, permanecendo um grande abertura onde ela estava posicionada. No casario do convés existem duas portas que dão origem a outros compartimentos vazios.
No convés de popa uma grande abertura da passagem a casa de máquinas, dentro dela podem ser vistos os dois grandes motores diesel. Junto a popa duas escotilhas comunicam o convés com o porão de popa. A popa está amassada, pois o navio chocou-se no fundo com essa parte.
O hélice e o leme estão corretamente posicionados no fundo. Apesar de naufrágio intencional o Lupus guarda intacta toda sua estrutura e as principais peças.
           (L) Na popa livre, apenas os suportes de
proteção do cabo de reboque
          (L) Hélice e leme intactos
           (L)Em outubro 2007 a parede posterior da cabine de comando havia cedido e oscilava perigosamente com a corrente – na foto acima, verifique a marca do arraste no chão indicada pela seta vermelha.Estruturas frágeis como essa são um perigo em potencial para o mergulhador não treinado e podem aparecer a qualquer momento no naufrágio dependendo dos fatores de desmanche presentes, por isso o treinamento é fundamental.
Em 2024, o casario já está totalmente corroído e desaconselhamos qualquer penetração nos dois níveis superiores.
          (L)Interior da cabine de comando em 2003
(L) Interior da cabine de comando em 2007

(L) Cabine de comando já desmanchando 2024

 

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