MARTE

Sumário

Histórico
O rebocador da companhia Wilson, sons, como outros rebocadores da companhia, estava em final de vida útil, servindo nos portos do norte do Brasil, até que foi posto fora de uso pela empresa.
Em 1997 foi comprado em Recife pelo proprietário do Hotel Intermares de Serrambi, PE. a cerca de oitenta quilômetros ao sul da capital, para servir de recife artificial e ponto de mergulho para a operadora de mergulho do hotel Intermares.
Após a retirada de partes nobres como os motores, guinchos etc, o navio foi limpo e dele retiradas algumas poucas portas e estruturas.
Durante a madrugada do dia 13 o navio partiu de Recife rebocado por dois pesqueiros, até que no início da manhã atingiu o ponto escolhido para o afundamento.

(l) Vida intensa no Marte

(l) Rebocador Marte atuando no porto de Santos

Ao chegar ao local pré-determinado, foram abertas as válvulas de fundo, como o navio demorava a afundar, foi utilizado um maçarico para fazer orifícios no porão de popa, provocando a entrada de mais água e acelerando o processo. Assim mesmo, o Marte demorou algumas horas para afundar completamente.

O Marte permaneceu vigiado pelos funcionários do hotel Intermares por alguns anos o que favoreceu a agregação de muita fauna. Diversos peixes de grande porte colonizaram os destroços. Infelizmente quando o ponto de mergulho foi identificado, caçadores submarinos passaram a frequentar o local matando os peixes de grande porte.
Um fato curioso que ronda o Marte, é que durante um dos mergulhos de turismo, a equipe do hotel acabou derivando do navio e encontrou um novo naufrágio, que ficou conhecido como Galeão de Serrambi.
No ano seguinte ao afundamento do Marte, a mesma equipe pós no fundo o Gonçalo Coelho.

 

 

 (l) A coberta superior do rebocador era acessada
por uma pequena escada a bombordo

  (l)

 (l)Os diversos níveis do rebocador, dos 33 aos 16 metros,
permitem um mergulho em multinível

 

 

Dados básicos

Nome do navio: Marte
Data de afundamento: 13 .04.1998

Dados de localização

Local: Serrambi
UF: PE
País: Brasil
Posição: Afundado a 12 quilômetros da costa, na altura da praia de Serrambi
Latitude: 08º 35′ 31″ sul
Longitude: 034º 54’43” oeste
Profundidade mínima: 16 metros
Profundidade máxima: 33 metros
Condições atuais: inteiro

Dados técnicos

Nacionalidade: brasileira
Ano de fabricação: 1942
Estaleiro: Scott & Sons (Bowling – Inglaterra)
Armador: Wilson, sons, (Santos).
Deslocamento: 260 toneladas
Comprimento: 32,69 metros
Boca: 7,6 metros
Tipo de embarcação: rebocador
Material do casco: aço
Carga: vazio
Propulsão: motor diesel
Motivo do afundamento: formação de recife artificial

Descrição
O Marte está pousado corretamente no fundo. Caídos no fundo em torno da proa do rebocador existem quatro grandes pneu, que serviam de defensas.
No convés de proa não há guincho, porém dois cabeços de amarração uma gaiuta e uma abertura, tipo port-low, no costado de bombordo, todo o convés era protegido por uma armação onde ficava preso um toldo, porém a partir de 2008 essa armação caiu.
O casario é estruturado em três andares. Na parte de baixo ficavam cozinha e pequenos depósitos, pelas portas laterais podemos atravessar o casario de um bordo ao outro e ter acesso por uma escada ao porão, por onde existe também uma passagem para sala de máquinas.

(l) Vista de bombordo do Marte

No segundo nível, está a sala de comando totalmente vazia. Na parte superior uma pequena coberta, de onde parece que o rebocador também era controlado.
Atrás da cabina de comando encontra-se um mastro ainda inteiro e sua escada, uma escada a bombordo que leva ao primeiro piso do casario. A chaminé do Marte permaneceu em pé até 2008, agora só restando o ducto de fumaça.
Na popa, logo atrás do casario, está a estrutura do gato de reboque (estrutura que segura o cabo de reboque). Um casario baixo, com seis gaiutas, protege a sala de máquinas.

A penetração pode ser feita por duas das janelas que foram completamente removidas. No interior da sala de máquinas estão o que sobrou do bloco dos motores a diesel, alguns encanamentos e escadas.
Uma passagem liga a sala de máquinas ao casario de proa, porém ela é estreita e existe muito sedimento no fundo; só devendo ser tentada pelos mergulhadores com experiência em penetrações em espaço restrito e adequadamente equipados.
Sobre o casario de popa existem duas proteções de rolamento de cabos. Junto a popa uma grande tampa está aberta e revela o compartimento do volante do leme, removido junto com o leme e o hélice.

 (l) O que sobrou da chaminé, caída a partir de 2008

  (l) Visão do convés de proa

(ll) Entrada de popa da sala de máquinas

(l) Interior da sala de casario

(l)Cilindros que restaram das máquinas

            (l) Gato de reboque e chaminé

             (l) Grandes barracudas frequentam os destroços

   (l) Casaria de proa

 

 

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