Sumário
Histórico
Zarpou do porto do Rio de Janeiro às 13 horas do dia 25 de abril de 1947, em viagem para o de São João da Barra. Navegou com tempo encoberto, vento sudoeste e mar agitado. Às 22 horas, com o farol de Cabo Frio pelo través de bombordo, o vento rodou para sueste com rajadas, acompanhado aguaceiros e mar de vagas. O navio começou a dar fortes trancos.
Por volta das 23 horas, notou-se inusitado volume d’água na casa do motor. As bombas de esgoto não davam vencimento e o fato foi levado ao conhecimento do mestre.

Sem demora, o mestre Antônio Andrada ordenou rumar para o boqueirão de Arraial do Cabo.
A meia noite o motor parou. O casco parecia não suportar o peso da água e o naufrágio era eminente. Foi dada ordem de alijamento de carga.
Ao amanhecer o vento acalmou; o Muniz Freire fundeara a cerca de 500 metros da entrada do Boqueirão, em local batido pelo mar e com risco iminente de perder-se.
O chefe de máquinas improvisou concertos suficientes para colocar o motor a funcionar. Ás 7:00 horas o motor funcionou e foi possível pelo menos entrar no Boqueirão, porém devido a precária situação foi necessário encalhar o navio na praia do farol.
Foram usadas duas âncoras para fixar o casco na perpendicular da praia, porém a ressaca atravessou o navio, que acabou alagando e assentando no fundo.
Uma lancha da capitania veio ao local transportando os tripulantes até Arraial do Cabo. A carga foi removida e no dia 10 de maio o navio foi dado como perdido.
Dados básicos
Dados de localização
Dados técnicos
Descrição
Hoje existe muito pouca coisa do navio, apenas parte das máquinas a diesel podem ser localizadas fora da areia, na arrebentação no meio da praia do Farol. Após dias de mar agitado parte do cavername também emerge da areia.
A praia tem visitação restrita dependendo de autorização da Marinha do Brasil.
Vista da praia do farol mostrando os restos do navio
Parte dos motores do navio que aflora a superfície
SINAU
Para mais informações, acesse o Sistema de Informações de Naufrágios - SINAU
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