DIANKA

Sumário

Histórico

O Programa RAM (Recifes Artificiais Marinhos) é executado pelo Instituto ECOPLAN, uma ONG especializada em projetos de proteção ambiental, com coordenação científica do CEM – Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Ele foi desenvolvido para criar áreas de proteção ambiental, favorecendo a agregação de fauna bentônica e protegendo peixes de fundo que abrigados nesses recifes livram-se da ação de barcos de arrasto.
O projeto de recifes artificiais do Paraná já havia afundado mais de 2000 blocos de concreto do tipo quadrilátero e Reef Ball® fabricados em cimento especial, que favorece a fauna marinha.
Duas grandes balsas de casco duplo, utilizadas no transporte de grãos no porto de Antonina, a Espera 7 e a Dianka, estavam desativadas a 4 anos e foram doadas ao projeto.
Elas foram cuidadosamente limpas de todos os resíduos e rebocadas durante três horas e meio até serem afundadas ao largo do litoral do Paraná. O processo utilizado foi a colocação de explosivos no casco, o que fez com que as balsas afundassem em menos de 5 minutos.

Balsa com dois compartimentos de carga e sem propulsão, utilizada no porto de Antonina, PR. Na ilustração ainda podem ser vistas as tampas deslizantes dos porões


A Balsa Espera 7 durante a explosão proposital que provocou seu afundamento. Um processo semelhante foi utilizado para o afundamento da Dianka

Essas balsas foram os primeiros naufrágios devidamente autorizados pela Marinha no litoral brasileiro. O IBAMA, FEEMA do Paraná é o IAP (Instituto Ambiental do Paraná), são também parceiros do programa .
O programa têm ainda como parceiros a IBQ (explosivos) responsáveis pelo processo de afundamento, F Andreis (transporte náutico), Marinha do Brasil, Associação Paranaense de Atividades Subaquáticas (APASUB).
A primeira balsa foi a Espera 7, que foi afundada a 20 milhas da Ilha dos Currais. A segunda Dianka, foi posicionada 20 milhas da Ilha de Itacolomi. Elas demoram menos de 2 minutos para afundar.

Dados básicos

Nome do navio: Dianka
Data de afundamento: 22.01.2001

Dados de localização

Local: Pontal do Paraná
UF: PR.
País: Brasil
Posição: ao largo de Caiobá
Latitude: 25º 53′ 54.2″ sul
Longitude: 048º 08′ 43.3″ oeste
Profundidade mínima: 21 metros
Profundidade máxima: 25 metros
Condições atuais: desmantelada

Dados técnicos

Nacionalidade: brasileira
Estaleiro: De Biesbosch-Dordrecht (Holanda).
Armador: Porto de Antonina
Deslocamento: 2600 Toneladas
Comprimento: 76,5 metros
Boca: 11,4 metros
Tipo de embarcação: chata
Material do casco: aço
Carga: vazia
Propulsão: Sem propulsão
Motivo do afundamento: produção de recife artificial. Projeto RAM
Descrição

A balsa Dianka, ao contrário da Espera 7, embora esteja apoiada no fundo também em posição correta, já se encontra com o costado muito destruído, devido a explosões de pescadores clandestinos da região, que utilizam bombas.
Informações do Instrutor Roberto Baracho de Curitiba dão conta que, em 2008, ambos os bordos da balsa já caíram.

Fotos Marcelo Krause


Início da ruptura das chapas                                                                                       Passagem entre os dois porões

   
Rombos provocados pelos explosivos                                                                  Convés chato que já desabou

Agradecimentos
     

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