PARANA

Sumário

Histórico
O Parana era o terceiro de uma série de quatro navios iguais da prestigiosa empresa francesa Companie Messageries Maritimes (ORENOQUE, EQUADOR, PARANA e CONGO) para a linha Sul-Americana de cruzava de Bordeaux a Montevideo.
Apresentavam cerca de 120 metros, com 3.800 toneladas de deslocamento.

Naufrágio
O Parana partiu de Bordeaux a sua quinta viagem em 20 em outubro de 1877. O navio descia a costa norte da Bahia com previsão de abastecer-se de água em Salvador. Os coqueiros da costa de Jauá encobriam a vista do farol da Barra, até cerca de 2 milhas da costa, na altura de Abrantes, dificultando a orientação num perfil de costa sem grandes formações no relevo.
Às 9:00 h., quando a costa foi finalmente visualizada, não havia mais tempo para o desvio, ocorrendo o choque do navio contra os recifes costeiros de Jauá ao norte de Salvador. O Navio partiu-se ao meio e afundou. Quando os rebocadores de Salvador chegaram ao local para prestar auxílio já era tarde e o Parana já estava no fundo.

(L) Quatro navios com projetos semelhante (Sister ships)

 

Dados básicos

Nome do navio: Parana
Data de afundamento: 09.10.1877

Dados de localização

Local: Jauá
UF: BA
País: BRasil
Posição: Costa norte de Itapuã. Recifes Jauá, em frente a praia de Jauá
Latitude: 12° 50′ 58″ sul
Longitude: 038° 14′ 03″ oeste
Profundidade mínima: 08 metros
Profundidade máxima: 12 metros
Condições atuais: desmantelado

Dados técnicos

Nacionalidade: francesa
Ano de fabricação: 1874
Estaleiro: (La Ciotat – França)
Armador: Companie Messageries Maritimes
Deslocamento: 3.800 toneladas
Comprimento: 124, 9 metros
Boca: 12,7 metros
Tipo de embarcação: paquete
Material do casco: aço
Carga: fardos de lã
Propulsão: vapor
Motivo do afundamento: encalhe

Descrição
O navio encontra-se totalmente desmantelado, porém mantendo sua continuidade no fundo de areia. A proa gigantesca ainda encontra-se inteira, tombada para bombordo com o mastaréu e guarda mancebos. No convés, pode ser vista a entrada de uma grande estiva, logo atrás dela estão dois grande escovéns caídos sobre o fundo.
Duas grandes âncoras, do tipo almirantado, margeiam o cavername desfeito da região, com dois grandes cabeços, um de cada lado.
No centro do conjunto da proa, um grande cunho e dois apoios para a âncora reserva, que está caída sobre o guincho logo atrás. A boreste, dois turcos permanecem caídos sobre a areia.
Seguindo-se para popa, a boreste, algumas ferragens se apoiam sobre um grande lajeado, enquanto a bombordo a estrutura do navio se mantém na areia, porém com poucas partes identificáveis além de um mastro e do cavername, demonstrando tratar-se provavelmente dos porões.

(P) Vista da praia de Jauá do naufrágio

No centro da embarcação podem ser encontradas quatro grandes caldeiras, três delas alinhadas logo atrás das câmaras de expansão e uma quarta três a quatro metros depois.
Em direção a popa atinge-se o enorme maquinário do tipo Triple Expansion Engine, caído para bombordo, grande quantidade de cavername espalham-se por toda essa região.
Em direção a popa podem ser vistos diversos mancais, mas não há sinal do eixo, dois grandes guindastes de mastro estão alinhados no fundo. Mas uma grande área só com cavernames denuncia a posição do porão de popa.
Junto a popa pode ser vista o resto do eixo externo, ainda com seu apoio de casco e o grande leme caído sobre o cento da embarcação. Não há sinal do hélice (olhar informações adicionais). À frente do leme existe uma quarta âncora do mesmo tamanho e padrão, na lateral da popa dois conjuntos de turcos estão caídos sobre a areia.

( L) Vídeo do Piaçava – Lászlo Mocsári

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