Sumário
Histórico
O Parana era o terceiro de uma série de quatro navios iguais da prestigiosa empresa francesa Companie Messageries Maritimes (ORENOQUE, EQUADOR, PARANA e CONGO) para a linha Sul-Americana de cruzava de Bordeaux a Montevideo.
Apresentavam cerca de 120 metros, com 3.800 toneladas de deslocamento.
Naufrágio
O Parana partiu de Bordeaux a sua quinta viagem em 20 em outubro de 1877. O navio descia a costa norte da Bahia com previsão de abastecer-se de água em Salvador. Os coqueiros da costa de Jauá encobriam a vista do farol da Barra, até cerca de 2 milhas da costa, na altura de Abrantes, dificultando a orientação num perfil de costa sem grandes formações no relevo.
Às 9:00 h., quando a costa foi finalmente visualizada, não havia mais tempo para o desvio, ocorrendo o choque do navio contra os recifes costeiros de Jauá ao norte de Salvador. O Navio partiu-se ao meio e afundou. Quando os rebocadores de Salvador chegaram ao local para prestar auxílio já era tarde e o Parana já estava no fundo.
(L) Quatro navios com projetos semelhante (Sister ships)
Dados básicos
Dados de localização
Dados técnicos
Descrição
O navio encontra-se totalmente desmantelado, porém mantendo sua continuidade no fundo de areia. A proa gigantesca ainda encontra-se inteira, tombada para bombordo com o mastaréu e guarda mancebos. No convés, pode ser vista a entrada de uma grande estiva, logo atrás dela estão dois grande escovéns caídos sobre o fundo.
Duas grandes âncoras, do tipo almirantado, margeiam o cavername desfeito da região, com dois grandes cabeços, um de cada lado.
No centro do conjunto da proa, um grande cunho e dois apoios para a âncora reserva, que está caída sobre o guincho logo atrás. A boreste, dois turcos permanecem caídos sobre a areia.
Seguindo-se para popa, a boreste, algumas ferragens se apoiam sobre um grande lajeado, enquanto a bombordo a estrutura do navio se mantém na areia, porém com poucas partes identificáveis além de um mastro e do cavername, demonstrando tratar-se provavelmente dos porões.
(P) Vista da praia de Jauá do naufrágio
No centro da embarcação podem ser encontradas quatro grandes caldeiras, três delas alinhadas logo atrás das câmaras de expansão e uma quarta três a quatro metros depois.
Em direção a popa atinge-se o enorme maquinário do tipo Triple Expansion Engine, caído para bombordo, grande quantidade de cavername espalham-se por toda essa região.
Em direção a popa podem ser vistos diversos mancais, mas não há sinal do eixo, dois grandes guindastes de mastro estão alinhados no fundo. Mas uma grande área só com cavernames denuncia a posição do porão de popa.
Junto a popa pode ser vista o resto do eixo externo, ainda com seu apoio de casco e o grande leme caído sobre o cento da embarcação. Não há sinal do hélice (olhar informações adicionais). À frente do leme existe uma quarta âncora do mesmo tamanho e padrão, na lateral da popa dois conjuntos de turcos estão caídos sobre a areia.