PIAÇAVA

Sumário

Histórico
Sabe-se apenas pelo aspecto no fundo que a embarcação deve ser uma Alvarenga. Essas embarcações eram responsáveis inicialmente por levar material até os vapores ancorados ao largo do cais, porém, acabavam sendo rebocadas por vapores para aumentar a carga, devido a baixa capacidade dos vapores brasileiros da época. Como eram construídas para atividades em portos, com fundo achatado acabavam naufragando com muita frequência. Vejam, entre outras a Alvarenga (PB), Batelão do norte (PE) e o Carvão (BA.)Também foi encontrada a bordo uma fibra identificada como piaçava. No final do século XIX havia forte comércio de piassava (como era escrito na época) de Ilhéus para Salvador.
No entanto o comércio de fumo, também era muito intenso no mesmo período.
A aparência dos destroços faz supor que houve um incêndio a bordo, pois os destroços estão muito comprometidos.
Existiu durante alguns anos confusão sobre a identidade de dois naufrágios muito próximos e de estrutura semelhante, o Piaçava e o Carvão, que estão separados por apenas 400 metros. O que faz supor inclusive que tenham afundado no mesmo reboque.
Mas agora com os trabalhos de mapeamento do mergulhador László Mocsári de Salvador, as duas identificações estão claras.

 

Dados básicos

Dados de localização

Local: Itaparica
UF: BA
País: Brasil
Posição: Barra leste da Baía de Todos os Santos, 2.3 milhas da praia de Barra Grande
Latitude: 13° 04′ 32″ sul
Longitude: 038° 39′ 26″ oeste
Profundidade mínima: 14 metros
Profundidade máxima: 18 metros
Condições atuais: desmantelado

Dados técnicos

Tipo de embarcação: alvarenga
Material do casco: madeira
Carga: piaçava ou fumo
Propulsão: sem propulsão
Motivo do afundamento: incêndio

Descrição
A embarcação do tipo Alvarenga está muito destruída no fundo, parecendo inclusive que houve incêndio a bordo. O navio esta caído no fundo ligeiramente adernado para bombordo.
Na proa pode ser visto um escovém frontal, ao lado dele um grande guincho.
Seguindo-se para a popa, encontramos parte do casco de boreste, o casco de bombordo está praticamente destruído e enterrado. Ao longo do centro da embarcação existem várias colunas de sustentação do convés.
Duas grandes estivas podem ser localizadas. A primeira está em pé, apoiada sobre um suporte de convés, a segunda está caída no fundo.
Do lado de boreste, fora da embarcação, existem dois grandes blocos, que não foi possível verificar se são caixas d’água ou o lastro do navio.
A popa está muito destruída, com diversos ferros caídos sobre o que restou do convés.

Croqui

Vídeo do Piaçava – Lászlo Mocsári

(L) Guincho na proa

(L) Suportes do convés

(L) Reforços da estiva

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