SANTO ANDRÉ (Nossa Senhora do Rosário e Santo André)

Sumário

Histórico
A Nau Nossa Senhora do Rosário e Santo André foi lançada em 1733 era armada com 50 peças de artilharia e sua principal função era trazer das colônias das Índias orientais as valiosas mercadorias que o oriente fornecia aos negociantes portuguesa. Em 1735 partiu de Portugal sob o comandada do capitão Antônio Jozeph de Miranda Henriques para a Índia na companhia da nau Nossa Senhora da Madre de Deus.
Depois de carregadas, retornava a Portugal com um carregamento valioso composto de sacos e barris de pimenta e canela; pipas de vinho; fardos de fazenda de seda; muitas caixas de louça azul e branca das dinastias Ming e Quig, barris de incenso entre outros itens.
No dia 9 de maio de 1737 chegou ao porto de Salvador onde deveria deixar uma parte da carga, embarcar outros itens como peles de animais, reabastecer de víveres e aguas para a travessia de volta a Europa.

(L)  Galeão semelhante ao Santo André

O Naufrágio
O Santo André estava fundeado em frente à praia da Boa Viagem, próximo ao Forte de Mont Serrat, em 1737. Quando inrrompeu um incêndio que consumiu o navio até que ele afundou
Os registros históricos indicam ter sido o naufrágio acidental; causado por um marujo bêbado que deixou cair uma vela em bebida alcoólica (vinho de caju) derramada sobre o pavimento de madeira do navio.
O fogo alastrou-se rapidamente e apesar dos esforços começou a destruir a nau, que tendo suas amarras queimadas acabou por encalhar na praia da Jequitaia. Tentou-se rebocar o navio para a praia da Boa Viagem, mas com os movimentos de maré o Santo André acabou por encalhar nos recifes, em frente ao forte de Mont Serrat, onde afundou definitivamente, queimado até a linha d’água.

Como o Santo André afundou próximo ao litoral e em águas abrigadas é de se esperar que muita coisa dos destroços deve ter sido recuperada ao longo dos séculos. Ainda assim, segundo os jornais de 1934 foi dada autorização ao senhor Alfredo Faria Veloso de prosseguir na exploração do casco do Galeão Santo André.
Em 1975 o Santo André foi localizado e explorado por mergulhadores de Salvador, que retiraram grande quantidade de porcelana, deixando muito pouca coisa ainda no local.
Segundo informações de mergulhadores de Salvador “o navio foi tão “trabalhado” e sobrou tão pouco, que alguém resolveu dar uma melhorada no sítio de mergulho e trousse uma âncora do Utrecht e colocou lá.”

   (l) (L) (L) (L) Peças extraídas do Galeão Nossa Senhora do Rosário e
Santo André apresentadas na exposição de arqueologia subaquática.
Incluindo garrafas, potes, pratos, vasos, bibelôs entre outros

 

Dados básicos

Nome do navio: Nossa Senhora do Rosário e Santo André
Data de afundamento: 10.05.1737

Dados de localização

Local: Salvador
UF: BA
País: Brasil
Posição: Praia de Boa Viagem. Entre o Forte do Humaitá e o pier da praia de Boa Viagem, encostado nos recifes
Latitude: 12° 58′ sul
Longitude: 038° 01′ oeste
Profundidade mínima: 03 metros
Profundidade máxima: 12 metros
Condições atuais: desmantelado e enterrado

Dados técnicos

Nacionalidade: portuguesa
Armador: Companhia da Índias
Deslocamento: 500 toneladas
Tipo de embarcação: galeão
Material do casco: madeira
Carga: Porcelanas, pimenta, marfim e seda
Propulsão: vela
Motivo do afundamento: incêndio

Descrição
Encontra-se desmantelado em frente ao forte do Humaitá, estendendo-se por uma distância de cerca de 100 metros, podemos observar dois canhões e outras peças pouco identificáveis.

Fotos László Mocsarí
 (L) Parte da madeira do cavername e do casco
ainda podem ser vistas no local

    (L) Zimbro (búzios), foi usado como moeda na África para a
compra de escravo. Haviam muitos quilos dele abordo.
Foram removidos e vendidos em Salvador

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