WALSA

Sumário

Histórico

O rebocador Walsa é o décimo naufrágio artificial de Pernambuco e o oitavo na região de Recife.
Esse novo naufrágio artificial amplia o PNAPE – Parque de Naufrágios Artificiais de Pernambuco. Este rebocador, semelhante ao Saveiros e Mercurius afundados no ano de 2006 é uma embarcação de 29 metros de comprimento e foi afundada na faixa dos 40 metros, mais fundo do que os rebocadores anteriores, para valorizar atividades de Mergulho Profundo e Técnico.

  Esse naufrágio foi uma realização da AEMPE – Associação das Empresas de Mergulho do Estado de Pernambuco juntamente com a empresa Wilson, sons e parceria com as universidades UFPE e UFRPE.
Para o procedimento foram obtidas toda a documentação necessária.
As autorizações foram concedidas pela Marinha do Brasil, CPRH (órgão ambiental de Pernambuco) e IBAMA, que emitiu a Licença de Instalação seguindo a Instrução Normativa 125/2006.

O Walsa é um rebocador semelhante ao Saveiros e ao Mercurius também afundados

Dados básicos

Nome do navio: Walsa
Data de afundamento: 28.05.2009

Dados de localização

Local: Recife
UF: PE
País: Brasil
Posição: 19 quilômetros da costa, em frente a Recife
Latitude: 08° 07. 646′ sul
Longitude: 034° 41.475′ oeste
Profundidade mínima: 31 metros
Profundidade máxima: 42 metros
Condições atuais: inteiro

Dados técnicos

Nacionalidade: brasileira
Ano de fabricação: 1968
Estaleiro: Mac Laren Ltda
Armador: Wilson, sons
Deslocamento: 183,5 toneladas
Comprimento: 21 metros
Boca: 7,4 metros
Tipo de embarcação: rebocador
Material do casco: aço
Carga: vazio
Propulsão: motor diesel
Motivo do afundamento: formação de um recife artificial

Preparação

A Empresa Wilson, sons há vários anos têm contribuído significativamente com o apoio e doação de embarcações desativadas, em especial ao Sr. Hélio Vaisman que conseguiu viabilizar essas doações e ao Sr. José Mário Lobo que teve um papel importante na preparação e limpeza do rebocador para afundamento além da logística de reboque.
O projeto teve o apoio da Marinha do Brasil que analisou e autorizou o afundamento, a Equipe de pesquisadores da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco e UFRPE – Universidade Federal Rural de Pernambuco, que realizaram o Estudo de Impacto Ambiental, Projeto Científico e de acompanhamento nos próximos anos. e muitos mergulhadores de Recife que participaram do dia da limpeza no rebocador.

O Walsa já no local do afundamento, pouco antes do início da submersão

Afundamento

O reboque do Walsa começou às 06h25 com mar muito calmo e bastante sol. Eram 08h45 quando o rebocador chegou ao ponto previamente definido pelos estudos. As válvulas de fundo foram abertas e, às 9h55 a embarcação afundou, atingindo o fundo e permanecendo em posição de navegação. A experiência dos afundamentos anteriores e o trabalho bem feito culminaram em um naufrágio perfeito.
Foram colocadas duas filmadoras na proa a popa para afundar junto com o rebocador, e com isso se conseguiu registros inéditos de um afundamento no Recife.
Poucos minutos depois do naufrágio a área foi liberada realizado os primeiro mergulhos. A água permaneceu limpa, com pouca de suspensão abaixo do convés causado pelo impacto do afundamento.

 
 
Sequência dos momentos finais do Walsa na superfície. Início de uma nova história

Descrição

Vista de proa da cabine de comando. O nome Walsa ainda aparece no costado de estibordo

O Walsa encontra-se pousado corretamente no fundo, ligeiramente adernado para bombordo. Sua estrutura está praticamente inteira, porém o espelho de popa apresenta um grande amassado, provavelmente pelo impacto com o fundo durante o naufrágio, já que o rebocador afundou de popa.
Na proa existe uma corrente presa a um cabeço de amarração quebrado, ela foi utilizada para fixar o navio durante as operações de afundamento. Não existem mais sinais do guincho. Duas estivas dão acesso ao porão de proa.
O casario de dois pavimentos, está praticamente integro, porém sem as portas, janelas e muradas.
No meio do navio, passagens permitem cruzar a embarcação de um lado ao outro.
O compartimento do motor possui uma grande abertura que o liga ao convés. Da sala de máquinas foram retiradas todas as peças importantes, assim como o maquinário, lubrificantes, diesel, fios elétricos fibra de vidro e outros contaminantes.
Na popa, embora o hélice no tubo e o leme, ainda estejam no local, virados para bombordo, na casa do leme está à maior deformação do navio devido ao impacto com o fundo.
O convés está limpo sem os deslizadores de cabo e o gato de reboque.
O naufrágio tem excelente condição para os treinos de mergulho profundo.


Visão da popa, o hélice pousada a 42 metros
Vista de popa da chaminé e casaria

Agradecimentos 

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