WORKMAN

Sumário

Histórico

  O vapor Workman viajava de Vancuver, no Canada para Londres, via Estreito de Magalhães e com escala em São Francisco (Estados Unidos). Em meados de fevereiro de 1913, quando subia a costa do Brasil, com escala prevista no Rio de Janeiro encalhou na praia da Barra da Tijuca onde permaneceu.
Em março, durante uma forte ressaca, mudou de posição terminando por ficar paralelo a praia. Atendendo aos apitos pedindo socorro, partiu para o local o rebocador da Marinha do Brasil Laurindo Pitta. Chegando ao local e considerando que a posição de encalhe era satisfatória, o rebocador retornou ao interior da Baía de Guanabara.
Os jornais da época anunciavam que o local era por demais ermo, para se conseguir enviar um fotógrafo, mesmo em lombo de burro.
O navio estava sendo descarregado pelos tripulantes quando um violento temporal, com forte vento Sudoeste, partiu seu casco causando seu afundamento. Quase todos os tripulantes, que estavam a bordo foram salvos pelo rebocador Brasil; no entanto, dois afogaram-se ao serem arrancados da popa por uma onda.
Os marinheiros sobreviventes foram repatriados pelo P.S.N.C.’s ORCOMA.

Dados básicos

Nome do navio: workman
Data de afundamento: 08.03.1913

Dados de localização

Local: Rio de Janeiro
UF: RJ
País: Brasil
Posição: Praia da Barra da Tijuca, em frente a lagoa de Marapendi e a 100 metros da areia
Latitude: 23º 00.762′ sul
Longitude: 043º 22.849′ oeste
Profundidade mínima: 02 metros
Profundidade máxima: 12 metros
Condições atuais: desmantelado e enterrado

Dados técnicos

Nacionalidade: inglesa
Ano de fabricação: 1898
Estaleiro: Workman Clark & Co., (Belfast – Irlanda do Norte).
Armador: Workman Clark & Co., (Belfast – Irlanda do Norte).
Deslocamento: 6.116 toneladas
Comprimento: 137 metros
Boca: 16 metros
Tipo de embarcação: cargueiro
Material do casco: aço
Carga: variada
Propulsão: vapor


Estrutura típica do que sobrou do casco do Workman
Amontoado de corrente junto a arrebentação
Conjunto de turcos ao lado do que restou do casco

Descrição

Os destroços do navio estão paralelo a praia, bem em frente ao primeiro prédio do Novo Leblon. O ponto é marcado pela praça 19 de quiosques. O naufrágio começa logo atrás da arrebentação a cerca de 100 metros da areia. Ele está bastante enterrado, apenas com as peças maiores descobertas.
Na proa está um guincho de cabeça para baixo, um escovém e a caixa de amarras com grande quantidade de correntes.
Seguindo-se em direção a popa, está um grande conjunto do fundo duplo com cavername. A bombordo estão dois turcos e a couraça de uma das caldeiras.

Afastando-se do centro da embarcação por bombordo estão uma caldeira de três fornalhas em pé, já bastante desgastada, dois conjuntos de cabeços de amarração, outra caldeira de cabeça para baixo e sem a couraça.
Voltando ao corpo principal dos destroços encontramos as máquinas a vapor de três cilindros (Triple Expansion Engine). Elas estão separadas em duas partes os cilindros e mais a bombordo o eixo excêntrico com as bielas. Na continuação do excêntrico está o eixo apoiados sobre os mancais.
Na popa, junto a laje de pedra, existe uma pequena caldeira auxiliar e sobre a laje o conjunto do volante do leme.


Cabeços de amarração junto a caldeira
A caldeira (visão da superfície) é a parte mais rasa dos destroços. Em dias de mar agitado as ondas quebram sobre ela


Segunda caldeira, já sem a couraça                                           Uma das caldeiras que foi lançada ao lado do casco

 

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