Navios Históricos – Cisne branco – Brasil

Visita no Rio de Janeiro

Texto e fotos: Maurício Carvalho

U-20 Cisne Branco
(Brasil)


Na Marinha do Brasil este belo veleiro é a terceira embarcação de treinamento dos Guardas-Marinha a ostentar esse nome. O primeiro, um veleiro de madeira de 24 metros e dois mastros; o segundo com 25 metros, possuía mastro e casco em alumínio. Este terceiro veleiro, com 76 metros substituiu seu antecessor na função de treinamento em 2000.
Foi construído pelo estaleiro Damen da Holanda e lançado ao mar em agosto de 1999.
O Cisne Branco é um veleiro armado a Galera em uma réplica das galeras do século XIX, mas sua silhueta foi inspirada nos Clippers; o que quer dizer que possui três mastros, além da caranguejeira e gurupés. Possui 32 velas com uma área vélica máxima de 2.195 m2, atingindo 7,5 nós.
Seu deslocamento é de 1.038 toneladas, totalmente carregado; possuindo as dimensões de 76 m de comprimento; 10,6 m de boca; 4,80 m de calado.


O formato de Clipper tem como característica a
forma afilada do casco e a grande área vélica.
O casco é baixo em relação a linha da água e a proa bastante agressiva.
A popa muito projetada esconde o grande leme, necessário as manobras da embarcação a vela.


Naufrágios

Alguns dos navios naufragados no Brasil que possuíam características de armação e equipamentos semelhantes ao Cisne Branco são:
Imperial Marinheiro – Espírito Santo – naufragou em 1887.
Dona Paula – Rio de Janeiro – naufragou em 1827.
Duncan Dumbar – Atol das Rocas – naufragou em 1865 .

Na popa, o primeiro conjunto de timões, que pode ser simples ou dupla e a bitácula de bússola
Um dos dois sinos do navio, frequentemente levam o nome da embarcação
Do lado de cada mastro um par de guinchos do tipo cabrestrantes, servem para o ajuste dos cabos.
Cabrestante como no Dona Paula

No centro da embarcação um segundo conjunto de timão.
Pode ser visto o cachimbo de ventilação
O casario central apresenta cobertas sobre o convés
No convés principal muito espaço, junto aos bordos, para as manobras com os cabos da mastreação

Os cordames dos mastros estão presos junto a murada, por travessas de madeira ou bronze chamadas malaguetas, como as encontradas no Vilar Flor
No alto do mastro grande a Gávea garante bom ponto de observação
Na proa o convés é elevado (castelo de proa), protegendo o convés da ação das ondas.
Pode ser visto um pequeno canhão para salvas de comunicação


Na proa, pode ser visto o escovén, firmemente preso ao casco.
Âncoras Hawkins como as do Harlingen

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