Visita no Rio de Janeiro
Laurindo Pitta
(Brasil)
Marinha do Brasil
Porto de origem: Rio de Janeiro

O rebocador Laurindo Pitta fez parte, em 1906, do plano de modernização da Marinha do Brasil do almirante Alexandrino Faria de Alencar. Durante esse plano, foram adquiridos diversos navios que se tornariam famosos na nossa marinha, como os encouraçados Minas Gerais e São Paulo, os cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul, além de vários outros navios menores.
Entre esses navios de apoio estava o rebocador de alto mar Laurindo Pitta e nos anos seguintes outros seis rebocadores semelhantes como o Heitor Perdigão, Muniz Freire, Mario Alvez, Tenente Lahmeyer (navio faroleiro), DNOG e Guarani, sendo que os dois últimos naufragaram. O DNOG Bateu em uma laje na Baía da Ilha Grande e o Guarani chocou-se com o vapor Borborema, por fora da Ilha de São Sebastião (SP), matando muitos Guarda Marinha em treinamento.
DADOS TÉCNICOS
Tipo de embarcação: Rebocador de alto mar – Armador: Marinha do Brasil – Nacionalidade: brasileira
Estaleiro: Vickers, Sons & Maxim, Ltd. – Início da construção: 1910 – Lançamento: 1913 – Baixa: 1995
Dimensões: comprimento: 38,73 metros – boca: 6,71 metros – calado: 4,5 metros – Deslocamento: 514 toneladas
Material do casco: aço
Propulsão: máquina a vapor de tripla expansão de 850 hp com velocidade máxima 11 nós
Tripulação: 34 homens

Construído pelo estaleiro britânico Vickers, Sons & Maxim, Ltd em Barrow-in-Furness em 1910. Esse rebocador apresentava 38,73 metros comprimento e deslocava até 514 toneladas em peso. As máquinas a vapor de tríplice expansão forneciam 850 HP de potência e impulsionavam o navio a uma velocidade máxima de 11 nós (20,4 Km/h).
Sua tripulação original, operando como rebocador, era composta de 34 homens.
Foi incorporado a esquadra na Inglaterra em 16 de setembro de 1910 e batizado em homenagem ao deputado fluminense Laurindo Pitta de Castro, que defendia a modernização da esquadra. Quando em 1918 o país declarou guerra a Alemanha por conta dos ataques a navios brasileiros durante a Primeira Guerra Mundial, ele foi integrado a Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) que, com parte da esquadra brasileira, foi enviada com o objetivo de proteger os comboios e patrulhar a costa nordeste africana, desde a cidade de Dakar até o Estreito de Gibraltar.
Os navios brasileiros não chegaram a se envolver no conflito, mas as tripulações dos navios da DNOG, inclusive o Laurindo Pitta, foram fortemente afetadas pela Gripe Espanhola e inúmeros tripulantes vieram a falecer em função dela, acelerando o retorno da esquadra para o Brasil
Durante a Segunda Guerra Mundial, participou no auxílio da defesa do porto do Rio de Janeiro.
Os jornais de época estão coalhados de notícias desse navio prestando socorros a navios em perigo.
Foi descomissionado em 16 de setembro de 1959, ainda assim, manteve-se na Marinha do Brasil até a década de 1990. Em 1998, com a ajuda da associação Liga dos Amigos do Museu Naval, ligado à Marinha do Brasil, a marinha decidiu restaurá-lo nos estaleiros da empresa EISA (Estaleiro Itajaí S.A.) em Santa Catarina, tornando-o um Navio Museu. Ele foi subordinado à Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha e permanece ancorado no píer Espaço Cultural da Marinha no centro do Rio de Janeiro, realizando passeios pela Baía de Guanabara passando ao largo das Ilhas das Cobras, Fiscal, das Enxadas e Villegagnon e da cidade de Niterói. Ele é hoje o navio mais antigo da Armada brasileira.
Ainda estão no Espaço Cultural da Marinha abertos a visitação o Caça minas Bauru e o submarino Riachuelo.
Guincho de proa do Laurindo Pitta