Navios Históricos – Nadjane – Russo

Visita no Rio de Janeiro

Texto e fotos: Maurício Carvalho

Nadezhda
(Russia)


O Nadezhda, que significa Esperança em russo, é o segundo navio com esta construção a equipar a Marinha Russa. O primeiro realizou a expedição de volta ao mundo de 1803 a 1806, passando pelo Brasil em 1804: nessa expedição foram levantadas importantes dados de meteorologia e oceanografia.
O segundo Nadezhda foi construído em 1991 nos estaleiros de Stocznia Gdansk, sendo uma réplica dos veleiros do século XIX, servindo aos mesmos propósitos de seu antecessor. A segunda viagem de volta ao mundo iniciou-se em 2003 com previsào de término para 2004.
Este belo veleiro de 109,4 metros de comprimento e de 14,0 metros de boca, com mais de 2984 Toneladas. Construído como um brigue armado de três grandes mastros com área vélica de mais de 2768 metros quadrados. O maior dos mastros atinge mais de 49,5 metros.


O formato de Brigue caracteriza-se por um casco com maior boca e a presença de castelos de proa, meia nau e popa. A área vélica é grande
O Gurupés se projeta a partir de seu apoio na proa, como pode ser visto no Blackadder em Salvador.


Naufrágios

Alguns dos navios naufragados no Brasil que possuíam características de armação e equipamentos semelhantes ao Nadjane são:
Queimado – Paraíba – naufragou em 1873.
Vênus – Parcel Manoel Luís – naufragou em 1914.

Na casaria central está a cabine de comando com Timão, bitácula de bússola e um dos sinos do navio
O casario central apresenta cobertas sobre o convés
Parte dos cordames dos mastros estão presos junto a murada, e parte deles estão na base do mastro fixados por malaguetas


O mastro grande possui três gávea em níveis diferentes. Uma gávea pode ser vista no naufrágio da Parnaioca, no Rio de Janeiro
Na convés de proa está a âncora Hawkins reserva, fixada em pé
A proa deste veleiro não possui o castelo de proa, mas é elevada em inclinação suave, aumentando a proteção contra as ondas de proa.
Logo antes do guincho pode ser visto o segundo sino do navio

O guincho por trás da estrutura amarela, desenrola as correntes diretamente para o orifício do escovém.
Dois grandes cabeços guarnecem a proa, a frente do guincho.
O guincho é semelhante ao do navio Parana ao largo de Jauá em Salvador.
Os cabeços de amarração possuem pequenos aletas junto a base, para retenção do cabo, semelhantes ao do naufrágio do Rosalinda.

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