NAUFRÁGIO QUEIMADO
ERIE J. N. Y.
 
 
Histórico
Construído para American SS Co. 1867, foi vendido a Nathaniel Winsor em 1868 e posteriormente foi vendido ao Brasil ( U.S. & Brazil Mail SS Co. em 1871.
O navio era utilizado no serviço postal entre os dois países.
Durante sua segunda viagem, quando seguia do Rio de Janeiro para os Estados Unidos após passar pelo porto de Recife, pegou fogo por razoes desconhecidas no início da noite, acabando por afundar as duas horas da madrugada a 12 milhas da costa da praia de Tambaú.
 


História Completa do Erie - Biblioteca
Os pescadores de região, ao verem o forte clarão no horizonte 
deslocaram-se para lá em 6 jangadas, encontrando um grande vapor em chamas e em 81 pessoas em 8 escaleres toda a tripulação e passageiros foram salvos.
 

DADOS BÁSICOS

Nome do navio: Erie J. N. Y.

Data do afundamento: 02.01.1873

LOCALIZAÇÃO

Local: João Pessoa

UF: PB.

País: Brasil

Posição: 5 milhas da Praia do Bessa.

Latitude: 07° 05.070' Sul.

Longitude: 034° 44.852' West.

Profundidade mínima: 12 metros

Profundidade máxima: 18 metros

Motivo do afundamento: incêndio

DADOS TÉCNICOS
Tipo de embarcação: vapor
Material do casco: madeiraPropulsão: vapor / hélice
Comprimento: 103 metros.Boca: 13 metros.Deslocamento: 2900 T.

Condições atuais: desmantelado e enterrado

 

 
Descrição
O naufrágio está desmantelado e parcilamente enterrado, está apoiado em uma areia muito clara que juntamente com o próprio lastro esconde a maior parte do madeirame que restou. Os destroços extenden-se por cerca de 100 metros de comprimento por 15 de largura.
Na proa existe um grande aglomerado de peças, onde podemos distingüir dois guinchos, uma âncora reserva ainda desmontada e muito disfarçada e dois cabeços de amarração.
Afastado do primeiro aglomerado por 20 metros, que deviam representar o primeiro porão, estão as quatro grandes caldeiras quadradas. Cada uma delas está conectada, por tubulação, à outra do mesmo lado. Existe uma larga passagem entre as caldeiras cheia de carvão, entre as caldeiras. As caldeiras estão apoiadas sobre grande quantidade de lastro.
O terceiro conjunto de destroços constituído basicamente pelas
máquinas a vapor de dois cilindros (dupla expansão) e demais
 
engrenagens. as máquinas de bom tamanh estão caidas para o lado e para a popa. 
A marca registrada; as 4 caldeiras quadradas
 
 
Eixo com flangesEixo com flangesEixo com flangesCasco revstido por latãoCasco revstido por latãoLastroCasco revstido por latãoLastroLastroLastroLastroCaldeira quadradaCaldeira quadradaCaldeira quadradaCabeço-de-amarraçãoHéliceMáquinasCabeço-de-amarraçãoCabeço-de-amarraçãoCabeço-de-amarraçãoCabeço-de-amarraçãoGuinchoGuinchoCaldeira quadradaCabeço-de-amarraçãoLastroÂncora reserva Eixo com flanges
 
 

O longo eixo que liga a popa
 Para trás das máquinas, segue-se um longo eixo com cerca de 20 metros, unido por quatro conjuntos de flanges de bronze. ao lado do eixo poucas peças aparecem cabeços e partes das chapas de bronze que revestiam o casco de madeira. aparentemente pouco restou dos porões de popa e o que existe encontra-se enterrada.
No final do eixo pode ser encontrado uma hélice de quatro pás, com duas dela enterradas, O Hélice tem um formato bem incomum, com pás finas, retas e longas, mostrando-se muito primitiva, como a do vapor Moreno, afundado na Ilha de Maricás RJ.
 
O hélice muito primitivo, com pás retas
Grande quantidade de peixes
 
Imagens mostrando a vista inferior e superior de uma das caldeiras quadradas.
Essas caldeiras não eram exatamente quadradas, mas acompanhavam na parte de baixo, a curvatura do casco.
As fornalhas eram alimentadas pelo corredor central e podem ser vistas no Queimado
máquinaspopaproa
 

 
Agradecimento: