NAUFRÁGIO C T. PARAÍBA
 
Histórico:

O Contra-Torpedeiro Paraíba foi construído em um estaleiro da Lousiania nos Estados Unidos e lançado ao mar em outubro de 1964 como USS. Davidson.
Estava estruturado como navio de escolta e armado basicamente com dois canhões de 127 mm. (proa e popa), 2 lançadores (laterais) de torpedos, um lançador (proa) de foguetes e 4 metralhadoras. Além disso, contava com 1 helicóptero alojado em um hangar de popa.
Entre 1967 e 1975, participou da guerra do Vietnã, como peça de artilharia a partir da costa.


O Paraíba, ainda como USS. Davidson na Marinha Americana.


Já como CT Paraíba, na Marinha do Brasil.
 
Em abril de 1989, foi transferido inicialmente por empréstimo à Marinha do Brasil, onde foi incorporado com o o nome de CT Paraíba - D 28, servindo as funções de patrulhamento e escolta. Nessa função, participou de diversas missões além de exercícios navais.
Em julho de 2002, deu baixa do serviço ativo. Permaneceu estacionado no Arsenal de Marinha como unidade de reserva. Finalmente em 2004 foram removidos os equipamentos que ainda podiam ser reaproveitdos. O restante do "navio", ainda bastante íntegro, foi vendido em leilão; sendo arrematado por uma empresa estrangeira especializada em desmanche.
 
DADOS TÉCNICOS
Nacionalidade: Brasileira
Ano de Fabricação: 1964

Armadores: US Navy / Marinha do Brasil

 
Comp.: 126 metrosboca: 13 metroscalado: 7,9 metros
Tipo de embarcação: Contratorpedeiro
Material do casco: AçoPropulsão: turbina
Carga: vazio

CONDIÇÕES ATUAIS: inteiro

DADOS DO NAUFRÁGIO

Nome do navio: CT 5 Paraíba

Data do afundamento: 18.02.2005

LOCALIZAÇÃO

Local:Rio de Janeiro

UF: RJ.

País: Brasil

Posição: Ao largo de Maricá.

Latitude: 23° 05.745' Sul

Longitude: 042° 59'.521 West

Profund.mínima: 40 metros

Profund. máxima: 53 metros

MOTIVO DO AFUNDAMENTO: Acidente durante o reboque.

 
 
Naufrágio:
No dia 7 de fevereiro, o casco ainda provido dos canhões, lançadores de mísseis e torpedos e do hangar do helicóptero (todos inativados) rebocado pelo rebocador Champ, deixou a baía de Guanabrara com destino a uma famosa praia de desmanche de navios em Alang na Índia. Mau o rebocar e o navio haviam saído da barra, estando os dois a frente da praia de Maricá, o Paraíba começou a afundar, o cabo foi cortado e abandonado pelo rebocador e o Paraíba afundou em 53 metros de profundidade. Não são conhecidas com exatidão as causas do naufrágio, e a Marinha ainda aguarda o encerramento do inquérito e julgamento do Tribunal Marítimo.
Em fevereiro de 2005 a Marinha emitiu um aviso aos navegantes; informando a posição e profundidade dos destroços.
 

Foto do naufrágio feita de um navio de cruzeiro turístico que passava pelo Rio de Janeiro.
 

Roberto da luz examina parte do mastro.

Parte do suporte do sistema de satélite.

Basílio durante a descompressão.
 
Dicas de mergulho no CT Paraíba.
elaboradas pelo Basílio, um dos mergulhadores técnicos que mais têm freqüentado o CT. Paraiba.
 
Descrição:
O Navio encontra-se apoíado sobre a quilha, com uma inclinação de 45º a 50º. A quilha está a cerca de 55 metros enquanto as partes mais rasas da casaria e as antenas estão a 40 metros.
Toda a estrutura ainda está muito bem conservada, com praticamente todas as peças do navio original mantidas em seu lugar e integras.
Da proa para a popa podem ser encontradas as âncoras do bico e laterais ainda em seus locais originais.
A âncora lateral de bombordo parece ter se soltado de seu escovém.
Os guarda-mancebos ainda estão integros, permitindo a navegação da proa a popa pela quina do convés de estibordo. Seguindo-se em direção ao meio do navio estão o canhão de proa e o sistema de lançamento de mísseis.  
A meia-nau a cabine de comando os mastros e antenas são as parte mais rasas a cerca de 40 metros. Algumas portas do casario estão abertas (veja croqui lateral).
A linha do convés de bombordo está a 48 metros e por ela podemos seguir da proa a popa, visualizando a maior parte do navio.
Seguindo-se para a popa a partir da cabine de comando, podem ser vistos junto ao bordo: um par de turcos (não existe a lancha de bordo), o lançador de torpedos com três tubos, o canhão de popa e o hangar do helicóptero, virado para a popa, com as portas abertas.
 
 

 
 
Croqui elaborado com colaboração do Dudu ( Diver's Quest ).
 

 

A faina, já bem conhecida, do mergulho técnico, obrigatório para atingir o Paraíba.

Lancha ANAKIN, mergulho de primeira.

O mar muito calmo fez a alegria dos amigos Dudu, Luiz Basílio, Ricardo Azoury e Roberto da Luz.
 
Dicas de mergulho no CT Paraíba.
Elaboradas pelo Basílio, um dos mergulhadores técnicos que mais têm freqüentado o CT. Paraiba.
 

Agradecimentos:
Ao amigo Basílio pelo convite para participar de um mergulho fantástico.
 
Mais Informações
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