GONÇALO COELHO |
Histórico: |
Após
a 2ª Guerra Mundial uma grande quantidade de embarcações
utilizadas nos desembarques nas praias foi transformada em navios de pesca
ou cargueiros. Os navios americanos deste tipo mais novos, seguiram servindo
a US Navy até o final da guerra do Vietna. Com o término
deste conflito, muitos deles seguiram o mesmo destino e foram reformados
e vendidos a países de menor capacidade econômica como o
Brasil. |
![]() LST (Landing Ship Tank). |
![]() Gonçalo Coelho, pouco antes do afundamento. |
O
EMFA comprou em um estaleiro da Carolina do Sul nos Estados Unidos duas
embarcações, batizadas com nomes referentes ao arquipélago
de Fernando de Noronha. Elas eram o Forte
dos Remédios de 217 toneladas, comprado por US$ 225.000 e o
Gonçalo Coelho de 600 toneladas, adquirido por US$ 453.000. As
duas embarcações eram velhas, já tinham passado por
reformas, mas ainda precisavam de reformas. Segundo o EMFA era a opção
barata para suprir uma necessidade emergencial do arquipélago. |
A
embarcação era originalmente um navio de desembarque de
carros de combate LST (Landing Ship Tank). Após a 2ª
Guerra Mundial foi, como tantos outros (Márcia,
Rio Anil) reformado para cumprir outros papéis. O Gonçalo
Coelho prestou serviços durante alguns anos fazendo o transporte
de carga entre Recife e Fernando de Noronha.
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Após
o afundamento, a posição do Gonçalo Coelho foi mantida
em segredo, com a justificativa de proteger o local da ação
dos caçadores submarinos e apesar de inúmeras tentativas de
contato de minha parte, para mergulhar no navio, apenas com o objetivo de
documentação não obtive resposta de nenhuma espécie. Assim, quando partimos de Maceió na expedição do Voyager / Naufrágios do Brasil de 2007, tínhamos consciência que seria necessário realizar buscas no local contando apenas com algumas poucas informações coletadas antes da viagem e a sorte. Como sempre digo durante os cursos de naufrágio: "o naufrágio pode se esconder, mas no pode sair do lugar; assim, com um pouquinho de perseverança sempre podemos encontrá-lo." A sorte sorriu rápida e após alguns minutos de busca na região a sonda do barco decretava o fim do mistério, lá estava o Gonçalo Coelho. |
Descrição: |
Este navio de desembarque encontra-se pousado corretamente
no fundo, em sua proa encontramos as duas portas frontais abertas e caídas
sob e ao lado da rampa de desembarque, que está apoiada no fundo. Nas duas laterais altas da proa estão as roldanas que seguravam a rampa e a bombordo o guincho que executava a manobra de abertura das portas da proa. |
![]() Rampa de proa, caída no fundo. |
![]() As duas grandes portas que fechavam a proa estão no fundo ao lado da rampa. |
Na proa existem pequenas aberturas que levam a paióis
de amarras. |
A partir de meia-nau o costado de bombordo está pendurado do convés ao fundo de areia. a boreste está o casario, agora (2007) inclinado em cerca de 30º; ele possui uma porta frontal que acessa a escadaria da sala de comando e ao porão. A sala de comando pequena com 3 janelas frontais está vazia. Na parte de trás dessa cabine está preso o mastro da embarcação que se projeta até cerca de 16 metros. |
No
centro da estrutura que sustenta a torre do comando existe uma grande
passagem. |
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![]() O mastro, projetado para a superfície. |
escolhido,
mas deu tudo certo no afundamento.
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A
fauna é abundante no Gonçalo Coelho tando no entorno quanto
no interior dos destroços.
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O
interior do Gonçalo Coelho depois de preparado, está formado por
um conjunto de grandes passagens e compartimentos, todos muito bem iluminados e de fácil penetração. |