GALEÃO DE SERRAMBI

Sumário

Histórico

Duas grandes âncoras almirantado dominam o cenário

Os destroços foram localizados acidentalmente pela equipe de mergulho do Hotel Intermares de Serrambi, PE. quando uma nadadeira foi perdida, por um membro da equipe no final de um mergulho no rebocador Marte e outro mergulhador desceu para tentar localiza-la. Achou a nadadeira e um pouco mais…
Acreditou-se durante um determinado período que estes destroços pudessem ser do Galeão Santa Rosa, segundo os registros o segundo mais valioso galeão afundado no litoral brasileiro e em princípio, ainda não localizado; por isso, um intenso trabalho de pesquisa foi realizado nos destroços durante cerca de um ano.

Galeão Santa Rosa
Era uma fragata portuguesa de 1100 toneladas, armada com 60 a 70 canhões. Ela retornava a Portugal com 13 arcas com 6 milhões de cruzados em moedas de ouro cunhadas em casas de fundição do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, num total correspondente a 26 toneladas de ouro. Diamantes e pedras preciosas. Um quarto da produção de ouro de um ano do Brasil (5.760 a 6.912 quilos em ouro).
No dia 06 de setembro de 1726  uma violenta explosão no paiol de munição fez o galeão naufragar em poucos minutos ao largo do Cabo de Santo Agostinho, PE.

Pesquisa:
Depois de mergulhos no naufrágio em 2007, essa possibilidade parece descartada. Através da análise de peças localizadas nos destroços, o navio aparenta ser um antigo veleiro de carga do século XI, com âncoras com sepo transverso de metal. Uma barca ou Brigue.
(Maurício Carvalho – 2007)

Dados básicos

Dados de localização

Local: Serrambi
UF: PE
País: Brasil
Posição: 18 milhas da costa de Serrambi.
Latitude: 08º 3′ sul
Longitude: 034º 541 oeste
Profundidade mínima: 33 metros
Profundidade máxima: 35 metros
Condições atuais: desmantelado e enterrado

Dados técnicos

Tipo de embarcação: veleiro
Material do casco: madeira
Propulsão: vela

Descrição

O navio encontra-se bastante desmontado e o sítio foi mexido, tendo sido realizadas operações para desenterrar parte dos destroços. Aparentemente o casco está apoiado corretamente no fundo. Na proa podem ser vistas duas grandes âncoras almirantado, com cepos de ferro transpassando a haste. Logo atrás das âncoras estão, dois escovéns, o que descartaria um galeão.
Cerca de 5 metros distantes das âncoras encontra-se grande quantidade de correntes já muito concretadas, sobre boa parte da madeira da proa. A partir deste ponto, a canoa da embarcação encontra-se apoiada no fundo aparentemente destruída até próximo às quilhas de balanço.
As partes do casco que permaneceram enterradas mostram recobrimento de chapas de bronze.

 
No centro dos destroços do navio, que parece estar adernado, está espalhada grande quantidade de carvão 
O madeirame e quilha são vistos ao longo dos destroços. O fundo do casco recebia chapas de proteção

Existem muitas estruturas do cavername e quilhas enterradas e todo o fundo da embarcação estava recoberto com um pouco de lastro e parte de uma carga de carvão.
Segundo os mergulhadores locais foi retirado um canhão de ferro e outro está localizado fora dos destroços (mas não parece tratar-se de um canhão). Também foi localizado e retirado o garfo do leme, muitas cavilhas de bronze e outras peças pequenas.
Existem, reforços de ferro para mastros e muitas madeiras com mais de 40 cm. de largura.

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