Um dos melhores pontos de naufrágios do Mediterrâneo
Principais naufrágios de Malta:
Bristol Beaufighter, Bristol Blenheim,Cominoland, Coralita X127, Eddy, El-Faroud, Hellespont, Karwela, Maori, P 29, Polynesian, Rozi, St Angelo, St Michael, Schnellboot S31, Southwold, Stubborn, Southwold, Xlendi Ferry

Isso tornou a ilha, ao longo de sua história, um ponto estratégico para as grandes nações do Mediterrâneo e europeias. Sua história envolve o domínio ou colonização dos Impérios Romano e mais tarde Britânico, além da influência dos Impérios Islâmico, Bizantino e dos gregos, árabes, mouros, normandos, espanhóis e franceses, que também, por tempo mais reduzido, governaram a ilha.
Em 1798, Napoleão Bonaparte invadiu e tomou Malta. A Grã-Bretanha retomou seu controle em setembro de 1800 e em 1914 tornou-se oficialmente parte do Império Britânico como colônia. O arquipélago passou a ter um governo autônomo a partir de 1947.

Malta desempenhou um papel importante durante a Segunda Guerra Mundial, principalmente considerando o baixo raio de ação da aviação de guerra no início do conflito. Sua projeção, além da ponta da Itália de Benito Mussolini, permitia um maior controle sobre as linhas de navegação e abastecimento do Eixo e ações sobre o norte da África, onde a Afrika Korps, comandado pelo marechal de campo Erwin Rommel tentava resistir as forças britânicas (é nesse contesto que foi afundado o cargueiro Thistlegorm no Mar Vermelho).
A destruição provocada pelos bombardeiros do Eixo sobre Malta. Um pouco conhecido caça italiano Macchi C.205, caído sobre Malta
Os países do Eixo tinham conhecimento desse fato e provocaram o Cerco de Malta. De 1940 a 1942, o controle do arquipélago provocou o embate das forças aéreas e navais da Itália e Alemanha contra a Força Aérea e a Marinha Real Britânica. Em maio de 1941, Rommel reconheceu que sem neutralizar Malta, a Alemanha não teria o controle do Norte da África.
Os comboios Aliados foram capazes de sustentar e reforçar Malta, enquanto a RAF defendia seu espaço aéreo, no decorrer da guerra as seguidas derrotas deixaram as forças do Eixo na defensiva e os planos de invasão foram abandonados.
Todo o arquipélago tem águas cristalinas o ano todo e nos últimos anos tem sido citada como a capital do mergulho na Europa. Malta tem mergulho o ano inteiro.
No Inverno/primavera a temperatura oscila entre 15-22°C, mas temos a melhor visibilidade. Já no verão a temperatura oscila próximo dos 25°C, mas a visibilidade é mais reduzida.
Desde a década de 1970 os pontos de mergulho tem sido mapeados e agora com o desenvolvimento do mergulho técnico e acesso mais fácil a pontos abaixo dos 40 metros o seu número só aumenta. Somado a isso, a quantidade de naufrágios é alta. Não só navios históricos, mas também naufrágios artificiais tem sido instalados nos últimos anos.
Devido ao relevo de Malta, muitos naufrágios estão abaixo dos 40 metros e alguns citados como pontos de mergulho estão abaixo dos 100 metros.
Ainda existem alguns aviões como o Blenheim Bomber e o Beaufighter.
Mergulhos a partir da costa
Rozi
P29
El-Faroud
Cominoland
Karwela
HMS Maori
St Michael
Coralita X127
Mergulhos embarcados
HMS Hellespont
Bristol Beaufighter: avião
Bristol Blenheim: avião
HMS Hellespont
HMS St Angelo
HMS Eddy
Mergulhos técnicos
HMS Southwold
Schnellboot S31
HMS Stubborn
HMS Southwold
Le Polynesian
Xlendi Ferry
El Faroud – 02.02.1998 – De 13 a 36 metros
Malta – Wied iz-Zurrieq


Em 1973 foi vendido para companhia da National Oil Corporation da Líbia e renomeado MV Um El Faroud, posteriormente passou a General National Maritime Transport Company (GNMTC) de Trípoli, operando entre a Itália e a Líbia, transportando combustível refinado até fevereiro de 1995.
O El Faround navegando ainda com o nome de Sea Falcon

O El Faroud sofreu danos extensos, que rasgaram a seção central do petroleiro, causando forte deformação estrutural, como pode ser visto na foto. Por isso, foi declarada a perda total e o navio permaneceu atracado no porto até ser decidido seu afundamento para criação de um ponto de mergulho.
Em 1998 o navio foi preparado para o mergulho, com a remoção de contaminantes, portas e janelas e o corte de aberturas de entrada e saída para mergulhadores.
O navio foi rebocado do Grand Harbour para Wied iz-Zurrieq na manhã do dia 2 de setembro de 1998 e no início da tarde, o petroleiro foi afundado na posição geográfica de latitude 14°26.952′ leste e longitude 35°49.128′ norte, a cerca de 150 metros da costa.
A forte destruicão do convés devido a explosão do Um El Faround
DADOS TÉCNICOS
Nome: MV Un El Faround
Data do Naufrágio: 02.09.1998
Armadora: General National Maritime Transport Company
Estaleiro: Smith’s Dock Co. Ltd., em Middlesbrough na Inglaterra
Construção: 1969
Tipo navio: Petroleiro
Dimensões: comprimento: 109,5 metros – boca: 16 metros
Deslocamento: 5,390 toneladas

O naufrágio está apoiado corretamente sobre um fundo arenoso. Na popa, a 35 metros, parte mais profunda do naufrágio, está o grande hélice parcialmente enterrada.
A superestrutura se ergue até 13 metros onde está a chaminé. No interior do casario existem compartimentos como a cozinha, que é facilmente acessível a 26 metros pela primeira porta a estibordo. Na frente da cabine de comando está fixada uma placa em homenagem aos mortos na explosão do navio.
Logo a frente da seção de popa o navio está fraturado (no mesmo ponto da explosão) as duas partes se separaram devido a uma tempestade em Zurrieq no inverno de 2005. As duas seções se moveram tanto no sentido do comprimento como lateralmente. A sala de máquinas está a uma profundidade de 31 metros e muitas peças do navio podem ser vistas ao longo do convés.

MV Karwela – 12.08.2006 – De a 42 metros
Malta – Gozo
O MV Karwela foi construído pelo estaleiro Meyer Werft, em Papenburg na Alemanha Ocidental em 1957. Apresentava 50,3 metros de comprimento e 8,5 metros de boca, com um deslocamento de 495 toneladas. Foi lançado com um balsa de passageiros de nome de MV Frisia II, transportando até 863 pessoas na rota para Norddeich.
Em 1981, chegou a Malta para passar por reparos e cinco meses depois foi vendida e renomeada MV Nordpaloma. Em 1987 foi comprado pela Mira Towage Ltd, uma empresa de reboque marítimo sediada em Malta e foi rebatizado de MV Karwela.
Em 1992, mudou de proprietário pela última vez, vendido à Comino Marine Ltd, operando para a Captain Morgan Cruises como ferry e iate de lazer.
Em 12 de agosto de 2006, foi afundado, juntamente com o MV Cominoland para a formação de recifes artificiais e atração para mergulhadores. O local escolhido foi ao longo da costa no recife de Xatt L-Ahmard na costa sul da ilha de Gozo (Malta) na posição geográfica latitude: 14°17.184′ leste e longitude 036°01.008′ norte.
DADOS TÉCNICOS
Nome: MV Karwela
Data do Naufrágio: 12.08.2006
Armadora: Comino Marine Ltd
Estaleiro: Meyer Werft, em Papenburg, Alemanha
Construção: 1957
Tipo navio: Iate
Dimensões: comprimento: 50,3 metros – boca: 8,5 metros
Deslocamento: 495 toneladas


Em 12 de agosto de 2006, foi afundado, juntamente com o MV Cominoland para tornar-se um recife artificial.
O navio está afundado entre outros dois naufrágios (60 metros de distância) o MV Cominoland e o MV Xlendi, afundado em 1999, por isso, a região ficou conhecida como três naufrágios. Em 2022 um quarto naufrágio foi afundado na região. Existem placas no estacionamento, mostrando a localização e o rumo (bearing) da bússola para chegar a cada naufrágio. O mergulho pode ser feito pela costa onde existe uma escada de acesso distante cerca de 80 metros de natação ou o mergulho pode ser embarcado.

