Sumário
Fotos Ary Amarante
Histórico

Um dos naufrágios menos visitados do litoral de Recife (PE), muito, em função de ser uma embarcação pequena e já em avançado estado de desmonte. É conhecida por diversas denominações: Batelão do Norte, Batelão de cima e Alvarenga, mas sua identidade continua um mistério
Claramente o naufrágio é de uma alvarenga de ferro com cerca de 15 metros de comprimento e 5 metros de boca. Essas embarcações serviam principalmente para auxiliar a carga e descarga de navios nos portos, quando não era possível a atracação. Porém, no Brasil, até segunda guerra, devido as limitações de disponibilidade de navios cargueiros, muitas vezes eram rebocadas por vapores para completar a carga de uma determinada viagem.
Como não possuíam motorização e o fundo era chato, com baixo calado adequado a navegar no interior dos portos, muitas vezes em condições severas de mar acabavam por fazer água e afundar. No país existem alguns exemplares de alvarengas do mesmo período como: Carvão (BA), Piaçava (B), Alvarenga (PB) e algumas mais modernas como as balsas do Paraná Dianka e Espera 7.
Dados básicos
Dados de localização
Dados técnicos
Posição do Batelão do norte em relação ao porto de Recife
Outros naufrágios: Areeiro (Marguaritte), Aussteiger, Bellatrix, Florida (Reboque), Lupus, Mercurius, Minuano, Phoenix, Pirapama,
São José, Saveiros, Servemar, Servemar X, Taurus e Virgo, Vapor de Baixo, Vapor dos 48 (Jaguaribe) e Walsa, (mapa – Google Earth)
Descrição
A alvarenga está apoiada corretamente a 25 metros em um fundo de areia e até 2005 ainda mantinha seu contorno alto (entre 1 a 2 metros de bordo) em praticamente todo o contorno do casco. Porém já estava muito assoreada e com praticamente todo o convés colapsado, com exceção de uma parte da popa. Acreditamos que agora (2028) ele também já tenha ruído.
A proa inda se mantinha alinhada e com uma das âncoras passada no escovém, mas o convés e o guincho não mais existiam.
O porão de carga esta totalmente aberto e coberto até a metade pela areia. No interior algumas peças caídas se espalham pelo fundo.
Vista da proa da alvarenga e a visão geral dos destroços com a proa vidada para direita
O costado de boreste estava mais integro (2005) e partes do convés se estendiam de meia nau até a popa, praticamente não existiam destroços por fora da borda do navio, a não ser por uma pequena seção na bochecha de popa de bombordo.
Vista da popa
Embora o naufrágio seja pequeno existe muita visa nele. Vista da popa do Batelão do norte.
Agradecimentos
Ary Amarante é fotógrafo, videógrafo e instrutor de mergulho especializado em cursos de imagens submarinas.
É sem dúvida, um dos melhores fotógrafos submarinos do Brasil.
Contato: instagram @aryamarante
SINAU
Para mais informações, acesse o Sistema de Informações de Naufrágios - SINAU
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