Sumário
Pesquisa e texto: Maurício Carvalho
Histórico

O Parana era o terceiro paquete de uma série de quatro navios iguais (sister ships) da prestigiosa empresa francesa Companie Messageries Maritimes (ORENOQUE, EQUADOR, PARANA e CONGO) construídos para a linha Sul-Americana que cruzava de Bordeaux a Montevideo.
Apresentavam cerca de 120 metros de comprimento com um deslocamento de 3.800 toneladas.
Quatro navios com projetos semelhante (Sister ships)
(Observação: no registro original do navio, em francês, a grafia Parana é escrita sem o acento)
O naufrágio

Às 9:00 h., quando a costa foi finalmente visualizada, não havia mais tempo para o desvio, ocorrendo o choque do navio contra os recifes costeiros de Jauá ao norte de Salvador. O Navio partiu-se ao meio e afundou. Quando os rebocadores de Salvador chegaram ao local para prestar auxílio já era tarde e o Parana já estava no fundo.
O naufrágio do paquete Parana está muito próximo aos destroços do vapor de rodas São Salvador
Dados básicos
Dados de localização
Dados técnicos
Descrição

O navio encontra-se totalmente desmantelado, porém mantendo sua continuidade no fundo de areia. A proa gigantesca ainda encontra-se inteira, tombada para bombordo com o mastaréu e guarda mancebos. No convés, pode ser vista a entrada de uma grande estiva, logo atrás dela estão dois grande escovéns caídos sobre o fundo.
Duas grandes âncoras, do tipo almirantado, margeiam o cavername desfeito da região, com dois grandes cabeços, um de cada lado.
No centro do conjunto da proa, um grande cunho e dois apoios para a âncora reserva, que está caída sobre o guincho logo atrás. A boreste, dois turcos permanecem caídos sobre a areia.
Seguindo-se para popa, a boreste, algumas ferragens se apoiam sobre um grande lajeado, enquanto a bombordo a estrutura do navio se mantém na areia, porém com poucas partes identificáveis além de um mastro e do cavername, demonstrando tratar-se provavelmente dos porões.
No centro da embarcação podem ser encontradas quatro grandes caldeiras, três delas alinhadas logo atrás das câmaras de expansão e uma quarta três a quatro metros depois.
Em direção a popa atinge-se o enorme maquinário do tipo Triple Expansion Engine, caído para bombordo, grande quantidade de cavername espalham-se por toda essa região.
Em direção a popa podem ser vistos diversos mancais, mas não há sinal do eixo, dois grandes guindastes de mastro estão alinhados no fundo. Mas uma grande área só com cavernames denuncia a posição do porão de popa.
Junto a popa pode ser vista o resto do eixo externo, ainda com seu apoio de casco e o grande leme caído sobre o cento da embarcação. Não há sinal do hélice (olhar informações adicionais). À frente do leme existe uma quarta âncora do mesmo tamanho e padrão, na lateral da popa dois conjuntos de turcos estão caídos sobre a areia.
SINAU
Para mais informações, acesse o Sistema de Informações de Naufrágios - SINAU
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