SÃO SALVADOR

Sumário

Histórico

O São Salvador era um pequeno vapor de rodas de propriedade da Bahia Steam Navegation Company comprado em 1867 juntamente com o vapor São Francisco. Em 1873 é fundada a Companhia de Navegação Baiana que durou até 1891 quando foi adquirida pelo Lloyde Brasileiro.

Vapor semelhante ao São Salvador

Em agosto de 1850 subia a costa da Bahia, seguindo de Estância, ES. com destino a Recife, quando perto das 4 horas da madrugada e a 3 milhas da cidade de Abrantes, na altura da praia de Jauá ao norte de Salvador, colidiu com o paquete Memnon.
O S. Salvador ainda navegou por cerca de uma hora, porém, começou a fazer muita água. Assim, o capitão parou a embarcação a uma milha do litoral e fez imediatamente arriar os escaleres.
Os 60 passageiros que vinham a bordo, foram embarcados e transportados à praia de Jauá.
Dois dias depois do acidente os passageiros conseguiram chegar a Salvador, alguns caminharam por toda a distância.

Durante muitos anos o naufrágio era conhecido apenas como Salvador e alguns acreditavam tratar-se de outro naufrágio da região chamado Gambie, mas as medias diferentes entre os navios e os dados localizados por nós permitiram identificar como o vapor de rodas São Salvador afundado em setembro de 1885.
(Maurício Carvalho – 2006)

Dados básicos

Nome do navio: São Salvador
Data de afundamento: 09.09.1885

Dados de localização

Local: Jauá
UF: BA
País: Brasil
Posição: Em frente a praia de Jauá
Latitude: 12° 50′ 46″ sul
Longitude: 038° 13′ 13″ oeste
Profundidade mínima: 14 metros
Profundidade máxima: 18 metros
Condições atuais: desmantelado

Dados técnicos

Nacionalidade: brasileira
Ano de fabricação: 1867
Estaleiro: Estaleiro no Thames
Armador: Bahia Steam Navegation Company
Deslocamento: 480 toneladas
Comprimento: 63,5 metros
Boca: 9,0 metros
Tipo de embarcação: vapor de rodas
Material do casco: ferro
Propulsão: vapor
Motivo do afundamento: choque com o paquete Memnon

Descrição

O navio encontra-se pousado no fundo, mantendo seu alinhamento natural. Totalmente desmantelado percebe-se seu contorno pelo formato do cavername.  A proa encontra-se integra, tombada para bombordo, onde podem ser vistas correntes passando pelos escovéns do convés.

Vista da praia de Jauá da região do naufrágio

O bico de proa ainda está integro, com o mastaréu e guarda mancebos. Logo atrás da proa, duas grandes âncoras do tipo almirantado estão parcialmente cravadas no fundo, a uma delas ainda está ligadas uma grande quantidade de corrente, logo atrás está um grande guincho de proa.
Seguindo pelo costado de boreste existe uma âncora amarrada ao costado junto a um cabeço de amarração.
No costado de bombordo dois turcos estão apoiados no fundo.

 

Válvula de abertura do vapor

Um pouco depois, em direção a popa, está uma grande válvula de controle de vapor. No centro da embarcação duas caldeiras totalmente destruídas, com os tubos do trocador de calor espalhados pelo fundo, estão à frente do conjunto de máquinas do tipo Oscilating Engine, onde ainda existem os cilindros e pistões. O eixo de boreste ainda está ligado ao conjunto.
O eixo de bombordo está caído sobre o resto do cavername. As duas rodas de pás flutuantes de propulsão estão praticamente destruídas, sobrando dois dois lados dos destroços apenas algumas pás e armações.
Em direção à popa pouco restou da embarcação, de cada bordo existem cabeços de amarração e turcos que alinham-se sobre o cavername aberto sobre o fundo.
Como na proa, existe uma grande válvula de pressão posicionada na mesma região. A popa está mais inteira e ainda mostra pedaços de estrutura e o leme e do volante do leme.

 


Assista o vídeo do São Salvador
László Mocsári

 

Compartilhe

Rolar para cima