MV Kimon M
Mar Vermelho - afundamento 12.12.1978

Estreito de Gubal, recife de Sha’ab Abu Nuhas - Egito
Posição: lat. 27°34'48” N e long. 033°56’00” E

Principais naufrágios do Mar Vermelho

Carnatic, Chrisoula K, Dunraven, El Minya, Giannis D, SS.Kingston, Rosalie Moller, Salem Express, SS. Thistlegorm, Ulyssis, Umbria (Sudão).

Outros naufrágios
Almirante Barroso, Aida, Barge, Blue Bell (Sudão), Carina, Cedar Pride (Jordânia), Jolanda, Numidia, Précontinente II (Sudão).


 
Histórico
Este cargueiro com 106,4 metros de comprimento e 3.954 T foi construído pelo estaleiro Stulcken & Sohn, na cidade de Hamburgo na Alemanha, para a também alemã, companhia Bruns & Company de Hamburgo.
O navio foi lançado em 11 de fevereiro de 1952 com o nome de Brunsbuttel Byelourus II. Era um clássico cargueiro de três castelos, com dois porões (nº 1 e nº 2) de carga à frente da superestrutura, com mastros e guinchos e dois na popa (nº 3 e nº 4).
Ainda em 1953, o navio foi vendido e rebatizado Ciudad Ce Cucuta. Em 1964 novamente e vendido é batizado de Angela. O navio foi vendido novamente em 1971 e rebatizado como o Kimon. Finalmente em 1975, foi vendido a seu último armador, Lanissos Shipping Company, do Panamá e um “M” foi acrescentado ao nome. Alguns autores afirmam, que o navio navegou por toda sua vida com o nome de Kimon, somente no final teve o “M” acrescentado.
Em dezembro de 1978, sob o comando do capitão Juan Cavilieri, partiu de Iskanderun, na Turquia, com destino a Bombaim, na Índia, com um carregamento de 4.500 toneladas de lentilhas ensacadas.
   
O navio atravessou o Mediterrâneo, atingiu Port Said e no dia 10 de dezembro cruzou o Canal de Suez. Como em muitos outros naufrágios da região o capitão Cavilieri, manteve-se na ponte de comando durante toda a travessia do canal e por todo o perigoso Estreito de Gubal. Quando a navegação atingiu águas abertas, entregou o navio ao imediato e retirou-se da ponte para descansar.
No dia 12 de dezembro, o navio navegava para o sul a 13 nós, quando atingiu o canto nordeste do recife de Sha’ab Abu Nuhas, na posição de lat. 27°34'48"N e long. 033°56'00"E.
Segundo o relatório do Lloyd’s Casualty List (14.12.1978) existe a indicação de que o Kimon M teria atingido outro naufrágio, embora nenhum naufrágio nessa data esteja registrado. Porém, existem outros registros de encalhe de navios nessa região, mas eles forma reflutuados e voltaram a navegar.
Um pedido de socorro foi enviado ao navio MV Interasja, que passava na região. O cargueiro respondeu imediatamente, seguindo ao local do acidente e resgatando a tripulação que foi levada a Port Suez onde desembarcando no dia 14.
O Kimon M permaneceu encalhado no recife por vários dias e parte da carga de lentilha foi recuperada, porém os danos estruturais foram muito grandes e o navio, que já era antigo, foi considerado com perda total.
Com o passar do tempo, a ação das ondas e a oxidação destruíram a proa do navio, o casco adernou para bombordo e o restante do navio deslizou pela encosta do recife, pousando entre 20 e 32 metros.
Alguns anos depois, uma empresa de salvamento local, abriu um rombo no casco de bombordo abaixo da superestrutura e na altura da casa de máquinas removendo seus motores e outros equipamentos.
Ao longo do tempo, esse navio foi nomeado de formas diferentes Seastar, Olden e naufrágio das lentilhas até que sua identidade fosse confirmada.


 

Dimensões: 106,4 X 14,8 X 6,81 metros
Tonelagem bruta: 3.954 toneladas
Construção: 1952, Stulcken & Sohn, Steinwerder, Hamburgo, Alemanha
Tipo: cargueiro de três castelos
Máquinas: diesel Waggon & Masch 8 cilindros duplos, 2.940 HP,
um único eixo e hélice de 4 pás, velocidade máxima de 13 nós.

Navio já com seu nome definitivo de Kimon M
 

O recife de Sha’ab Abu Nuhas vitimou muitos navios
 
 

 
 

Mergulho - Profundidade: de 18 a 33 metros

O navio está quebrado atrás do castelo de proa e deitado sobre o casco de boreste, do limite do recife, a 4 metros, até a popa na areia a 32 metros.
Da proa do navio só sobraram destroços e a direita deles, já nos recifes uma das âncoras. O mastro de proa projeta-se na direção do recife.
Pouco sobrou do primeiro porão, mas o segundo ainda mantém a sua estiva a frente da ponte de comando.
A frente da superestrutura resta o casco caído sobre as demais partes do navio e uma grande rachadura.

No mesmo recife também naufragaram o Seastar (90 m de profundidade), Carnatic, Giannis D e o Krisoula K.
Fonte: Dive Safari Master
 
 

Da base da superestrutura até a popa, a embarcação está quase completa. O casario já está apoiado na areia e o que restou da chaminé pode ser encontrada junto a areia.
O melhor acesso a sala de máquinas é feita pelo buraco aberto no casco de bombordo pela equipe de salvatagem, para a retirada das máquinas. O acesso é fácil já que o compartimento está quase vazio. No fundo deste compartimento, ainda podem ser encontradas tubulações, medidores e numerosas válvulas.
O mastro de popa está perpendicular ao navio entre os porões nº 3 e nº 4, que mantém sua estrutura praticamente inteira, com estivas guinchos e beiçolas.
A popa ainda muito integra está apoiada no fundo a 32 metros, existe um pequeno casario e no convés, podem ser vistas peças como guinchos, cabeços de amarração e mastro, do lado de bombordo do casco estão o hélice e o leme.


 

 

 

Kimon M
Shipwreck - Red Sea - Hurghada
Dimensões: 106,4 metros /3.954 toneladas
Construção: 1952.

Afundamento 12.12.1978

 

Red sea diving
https://www.redsea-diving.com/kimon-m
 
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