Chrisoula K
Mar Vermelho - afundamento 08.1981

Canto nordeste dos recifes Sha’ab Abu Nuhas - Egito
Posição: lat. 27°34’47” N e long. 033°55’37” E


Principais naufrágios do Mar Vermelho

Carnatic, Dunraven, El Minya, Giannis D, Kimon M, SS.Kingston, Rosalie Moller, Salem Express, SS. Thistlegorm, Ulyssis, Umbria (Sudão).

Outros naufrágios
Almirante Barroso, Aida, Barge, Blue Bell (Sudão), Carina, Cedar Pride (Jordânia), Jolanda, Numidia, Précontinente II (Sudão).


 

Histórico
O cargueiro de uso geral Chrisoula K de 98 metros de comprimento e 8.807 toneladas foi construído nos estaleiros Orenstein, Koppel e Luebekker, em Lübeck na Alemanha, para também alemã armadora Egon Oldendorff, que após a segunda guerra mundial expandia sua frota. Ele foi lançado ao mar em 16 de dezembro de 1953 com o nome de MV Dora Oldendorff, sendo finalizado em 1954. Segundo os registros do Lloyd’s, em 1970 foi vendido e renomeado como Anna B. Em 1979, foi novamente vendido para a empresa grega Clarion Marine Company de Piraeus e recebeu seu último nome Chrisoula K (frequentemente escrito - Krisoula K).
No final de agosto de 1981, sob o comando do capitão Theodoros Kanellis, o Chrisoula K partiu da Itália, com uma carga de ladrilhos, com destino a Jeddah na Arábia Saudita, O navio cruzou tranquilamente o Mar Mediterrâneo, atravessou o Canal de Suez e navegou pelos estreitos limites do Estreito de Suez.
Como era comum na navegação dessa perigosa região, o capitão permaneceu na ponte desde a partida até chegar ao final do Golfo de Suez. Ao atingir águas mais abertas passou o comando para o primeiro oficial e se recolheu a seus aposentos para descançar.
 
     

O Naufrágio
A embarcação seguia para o sul a 13 nós, praticamente na velocidade máxima, quando subtamente atingiu o canto nordeste dos recifes Sha’ab Abu Nuhas, na posição lat. 27°34’47” N e long. 033°55’37” E.
O navio começou a fazer água e com sua proa firmemente presa ao recife, começou a afundar pela popa.

 

Dimensões: 98,5 x 14,8 X 9,0 metros
Tonelagem bruta: 3.807 toneladas
Construção: 1953 - Estaleiro Orenstein, Koppel e Luebekker Lübeck Máquinas: diesel de 9 cilindros de 2.700 H.P, Masch,
Augsburg-Nuermbuer (MAN), Alemanha
Um eixo e hélice, velocidade de 13,5 nós
Tripulação: 21

 

A proa do Chrisoula K quebrou logo à frente do primeiro porão e ficou preso sobre os a crista do recife, enquanto o restante do navio escorregou pelo talude do recife e afundou, se estabilizando na base do recife, a cerca de 27 metros de profundidade. A tripulação de 21 homens foi resgatada pela Marinha Egípcia e levada para Hurghada de onde foi mais tarde e embarcada para Suez.
Em 1985 e 1986 a proa, que ficara presa ao recife fora d’água, desmantelou e acabou por afundar, como o resto do casco.
A companhia seguradora considerou ter havido perda total da embarcação. No casco ainda pode ser encontrada a palavra “Olden”, parte do antigo nome do navio “Egon Oldendorff”.
O Chrisoula K é também conhecido pelo nome de Wreck Tile. Alguns autores afirmam que esses destroços seriam do navio MV Marcus, que também apresentava uma carga de ladrilhos. Segundo eles, a proa do Chrisoula K teria caído sobre a proa do naufrágio Marcus, que hoje encontra-se no fundo. O restante do cargueiro Chrisoula K estaria a 600 metros em águas profundas.
As análises dos dados do naufrágio não apresentaram nenhum argumento positivo para reforçar essa teoria.

 

 

No mesmo recife também naufragaram o Seastar (90 m de profundidade), Carnatic, Giannis D e o Kimon M.
Fonte: Dive Safari Master

 

 
         
 
 
O Chrisoula K ainda como Dora Oldendorff
 
A proa do Chrisoula K que ficou preso nos recifes até 1985
 
 
 
 
Popa do navio
 
Hélice e leme bem preservados
 
Mastro de popa ainda sustentado pela estrutura
 

 

Mergulho - Profundidade: de 18 a 27 metros

O bico de proa do navio, também conhecido como o “Wreck Tile”, costumava ser claramente visível no topo do recife Sha’ab Abu Nuhas. No entanto, devido a anos de ação das ondas e exposição aos elementos entre 1985 e 1986 a proa desabou e não sobrou muito desta parte do navio para ver acima da água.
O navio encontra-se pousado corretamente no fundo, porém muito verticalizado, seguindo de 4 metros na proa até 30 metros na popa. Na parte mais rasa dos recifes, a cerca de 4 metros, estão o resto do 1º porão, os mastros caídos pelo bordo de boreste e o segundo porão, onde parte da carga de azulejos ainda pode ser vista.
No casario central sobrou pouca coisa e a abertura da chaminé está no alto dos destroços.

 
A beiçola do porão 4 rompido e com estrutura dobrada
Carasário já muito precário
Chaminé caida na areia
 
Terceiro porão om costado já caído
Carga de ajulejos no terceiro porão
Estrutura sem sustentação do terceiro porão
O terceiro porão, sem sustentação, pois o costado já caiu, está prestes a desabar (2022) e sem condição de ser penetrado, sob e principalmente sobre o convés há toneladas de piso forçando a estrutura, tornando a penetração e a passagem por esse ponto muito arriscada.
 

Partindo-se para a popa, o terceiro porão está a cerca de 10 metros. Neste ponto, caído ao lado do casco de boreste, estão os restos da chaminé e partes do mastro de ré e seus paus-de-carga.
O último porão está aberto e parte da carga exposta.
A popa está torcida e adernada para boreste, o leme e o hélice ainda estão em posição e apoiados na areia entre 26 e 28 metros. A penetração na sala de máquinas, localizada na seção de popa, é possível, há muitas peças para serem vistas nos compartimentos de máquinas, já que o navio não sofreu resgate.

 

 

Chrisoula K
Shipwreck - Red Sea - Hurghada
Dimensões: 98,54 metros e 3.807 toneladas
Construção: 1953 - Estaleiro
Afundamento 08.1981

 

 

Adaptado de Red Sea diving
 

 
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