Fumitzuki Destroyer

Chuuk Lagoon

Micronésia - janeiro de 2017
 

Naufrágios de Chuuk Lagoon

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Kensho maru,
Kiyosumi Maru, Nippo Maru, Rio de Janeiro Maru, San Francisco Maru, Sankisan Maru, Shinkoku Maru, Yamagiri Maru

Outros naufrágios de Chuuk Lagoon

 

Histórico

O Fumitzuki (mês de julho) foi lançado ao mar no dia 16.02.1926 e era um dos 12 destroyers da classe Mutsuki, encomendados pelo programa de reforço da marinha japonesa de 1923. Entre 1935 e 36 esses navios foram reformado, recebendo reforço no casco e novos armamentos.
Com um deslocamento de 1.336 toneladas foram os primeiros a contar com lançadores triplos de torpedos, além de quatro canhões de 120 mm.
Registrado com o Nº 29 integrou o terceiro grupo de combate "Minekaze". Esses destroyers eram guarnecidos por 150 homens e possuíam uma raio de ação de 4.000 milhas náuticas (7.400 quilômetros).
Até a segunda grande guerra atuaram como caça minas, navios mineiros e varredores (colocação e remoção de minas), mas com a eclosão do conflito foram substituídos na linha de frente por navios mais modernos e de maior porte.
Sofreram novas reformas entre 1941 e 1942, como a substituição dos canhões de 120 mm por canhões de antiaéreos de 96 mm, remoção do equipamento de varredura de minas e a instalação de duas metralhadoras antiaéreas (Tipo 93) de 13,2 mm e quatro lançadores de cargas em profundidade, assumindo, como principal função, a tarefa de navios de patrulha e escolta.

 

Apesar de embarcações de menor porte, participou ativamente de todo o cenário da guerra no Pacífico, atuando nas invasões japonesa às Filipinas (1941), Malásia e Java (1942). Em 1943 participou da evacuação de Guadalcanal e em diversas ocasiões integrou o "Expresso Tókio", protegendo os vários transportes entre o território japonês e as regiões dominadas ou de conflito.
Sofreu diversos danos, resultado de ataques aéreos em 1942 e 1943, sendo reparado e voltando ao serviç. Em 6 de fevereiro chegou a Chuuk Lagoon para reparos, depois dos danos sofridos nos combates em Rabaul (Nova Guiné).

 
Destoyer da classe Mutsuki
Dimensões: 97,54 x 9,16 X 2,96 metros - Tonelagem bruta: 1913 toneladas
Construção: 1926, Fujinagata Shipyars, Osaka.
Máquinas: 2 turbinas Parson, 2 eixos e 4 caldeiras Kampon, 33 nós
Armamento original: 4 canhões de 120 mm, 2 lançadores de torpedo triplos,
18 cargas de profundidade e 16 minas
 

O Ataque

Quando a operação Hailstone começou no dia 17 de fevereiro de 1944 o Fumitzuki encontrava-se no ancoradouro de reparo da Ilha de Fefan. Incapaz de manobrar, o comandante Nagakura ordena "postos de combate" e a tripulação, utilizando as armas antiaéreas, defende-se ferozmente dos aviões atacantes. Após passado o primeiro raid de ataque o Fumitzuki, utilizando apenas um motor, suspende âncora e tenta navegar em zigue-zague para águas abertas, onde poderia manobrar o navio e defender-se de maneira mais efetiva.
Às 14:30, enquanto tentava fugir do fogo inimigo, um avião Grumman TBF Avenger do USS Enterprise o atingiu com quatro bombas de 500 libras. Uma delas acertou o navio próximo a popa debaixo do nível d'água, abrindo um grande buraco no casco, o que causou a entrada de água na sala de máquinas e novamente parou o navio.

 

 
Foi colocada uma âncora para estabilizar a embarcação, a tripulação tentou remendar o buraco, mas o navio já envolto em chamas adernou para bombordo e começou a afundar.
Diversas tentativas de reparo foram feitas, mas depois de 20 horas de combate, fustigados pelas metralhadoras dos aviões americanos, o destroyer parado no canal de navegação não tinha mais chances. Na manhã do dia 18, com sete tripulantes mortos, foi dada a ordem de abandonar o navio, que afundou completamente em um ponto entre as ilhas de Moen e Fefan.


O Fumitzuki (ao fundo) ainda ancorado, no início da operação Hailstone na manhã do dia 17.02.1944
 
O Fumitzuki após as reformas de 1941, com a configuração de navio patrulha com a qual foi ao fundo
 
Mapas segundo Daniel E. Bailey - World War II Wrecks of Truk Lagoon,
2000 North Valley Diver Publication
 
,
Na popa existem lançadores se carga de profundidade pelos bordos (tipo 81), semelhantes aos da Corveta Camaquã
 
O Fumitzuki possuia na proa lançadores triplos de torpedos de 61 centímetros (24 polegadas). A direira, o sistema de trilhos de transporte dos torpedos sobre o convés
 

 

Mergulho - Profundidade: de 30 a 36 metros

Esse destroyer é um dos dois navios de combate da marinha imperial afundados em Chuuk. Ele foi localizado em abril de 1987. Este naufrágio está apoiado quase corretamente no fundo de areia a 36 metros e quase todo o casco está adernado cerca de 15° para bombordo, mas dos tubos de torpedo para a proa o casco partiu e adernou ainda mais.
O casco é muito estreito e no castelo de proa desmoronou, tombando para bombordo. O grande guincho e o canhão de 96 mm com caixas de munição estão caídos no fundo. O sistema de tubos lança torpedos virado para boreste está misturado com grande número de destroços.
Junto ao casco estão os cabos de desmagnetização, já tratados na matéria do Rio de Janeiro Maru.
O casario está praticamente destruído, da primeira chaminé nada resta, a segunda chaminé também quebrou nos últimos anos, entre elas existem duas metralhadoras. Pelo orifício da primeira chaminé pode ser vista a sala de máquinas, com duas das quatro caldeiras. No seu interior, há restos humanos desde o primeiro dia de ataque.
Por trás do casario central está o sistema de trilhos que transportava os torpedos até os tubos lançadores , outra plataforma de canhões de 96 mm e dois lançadores laterais de carga de profundidade semelhantes aos da Corveta Camaquã.
Na lateral de bombordo do segundo casario de popa existem minas e uma hélice que parece ter ficado presa ao navio, sendo uma contaminação de sítio.
O hélice de boreste está exposto e possui três pás, mas o de bombordo, só tem uma pá a mostra, o restante está enterrado.



Fumitzuki Destroyer
Medidas - 97,54 metros / 1.913 toneladas
Construção: 1926,
Afundamento 18.02.1944

 

 

Croqui do Capt. Lance Higgs S.S. Thorfinn - modificado
 
Canhão de 96 mm na proa
Minas posicionadas a bombordo
Grandes gorgônias colonizam o convés e casario
 
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Um mudo de história para que sabe enxergar o fundo


Instrutor: Maurício Carvalho - 30 anos de experiência - Especialidade levada a sério!
 
A proa adernada mostra grande fragmentação do casco
O convés muito fino do destroyer da classe Mutsuki
Alojamento de minas posicionado a boreste
 
A fauna é muito variada nos destroços
Casco está adernado 15° em relação ao fundo
O hélice de boreste esta exposto o de bombordo
está quase todo enterrado
 

 

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